A partir de sábado, o acesso às praias 'cariocas' ficará totalmente proibido, "inclusive para a prática de desportos e banhos de mar", afirmou Eduardo Paes numa conferência de imprensa.
"A situação é muito crítica e faço um apelo aos cariocas: é hora de ficar em casa", acrescentou.
Há um ano, no início da pandemia, as praias do Rio de Janeiro foram completamente fechadas, mas depois o banho de mar foi permitido, desde que os banhistas não se demorassem na areia.
Isso não impediu que as praias 'cariocas' ficassem regularmente lotadas e todas as proibições acabaram por ser suspensas em novembro, pouco antes do verão na América do Sul.
A Prefeitura do Rio de Janeiro já tinha anunciado outras restrições nas últimas semanas, como o recolher obriatório das 23h00 às 5h00 e o fechamento de bares e restaurantes a partir das 21h00.
Eduardo Paes prevê tomar medidas "ainda mais restritivas" na próxima segunda-feira, após participar numa reunião com a comissão científica que orienta as decisões municipais.
De acordo com o último boletim epidemiológico divulgado esta manhã, 620 pacientes estavam em camas de cuidados intensivos nos hospitais públicos do Rio na quinta-feira, elevando a taxa de ocupação para 95%.
A covid-19 já matou 34.697 pessoas no estado do Rio de Janeiro, povoado por 17 milhões de habitantes.
A taxa de mortalidade é de 201 por 100 mil habitantes, a terceira maior do país, bem acima da média nacional (137) do Brasil, onde 287.499 vidas foram ceifadas pelo vírus que já contaminou mais de 11,7 milhões de pessoas.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.692.313 mortos no mundo, resultantes de mais de 121,7 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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