No fim dos dois dias de discussões, que começaram na quinta-feira, o mais alto responsável do Partido Comunista Chinês para a diplomacia, Yang Jiechi, afirmou que o diálogo foi "direto, construtivo e útil, se bem que haja sempre importantes divergências entre as suas partes".
Os EUA estiveram representados pelo secretário de Estado, Antony Blinken, e o assessor de Segurança Nacional, Jake Sullivan.
No final do encontro, Sullivan disse: "Esperávamos ter uma troca dura e direta sobre uma ampla gama de assuntos e foi exatamente o que tivemos".
Por seu lado, Blinken assegurou que a delegação chinesa reagiu de forma adversa às reclamações dos EUA, em assuntos como Hong-Kong, Taiwan, Tibete e as violações de direitos humanos dos muçulmanos uigures na província do Xinjiang, assuntos que Pequim considera do foro interno.
"Não é de estranhar que, quando colocamos esses problemas de forma clara e direta, obtenhamos uma resposta defensiva. Mas também pudemos ter uma conversação muito sincera durante estas muitas horas com uma agenda muito ampla", disse Blinken.
Da parte chinesa, além de Yang Jiechi, participou o chefe da diplomacia, Wang Yi.
Aquelas palavras de balanço de Yang Jiechi contrastaram de forma acentuada com as proferidas no início da reunião, na quinta-feira.
Então, em vez de falar dois minutos, como estava estabelecido, Yang Jiechi usou 18 minutos para contestar, diante das câmaras, declarações de Blinken, que dissera antes que os EUA estavam "profundamente preocupados" com algumas das ações da China.
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