Num relatório, o ministério refere ainda que os ataques sauditas nos últimos seis anos causaram cerca de 27.000 feridos.
Entre os mortos contam-se 3.821 crianças e 2.892 mulheres, segundo os Huthis, que adiantam que a aliança árabe destruiu 50% das instalações de saúde do país devastado pela guerra.
Os Huthis denunciaram igualmente que o bloqueio aéreo e naval imposto pela Arábia Saudita ao Iémen impediu a chegada de ajuda humanitária e provocou a morte de civis "por desnutrição e fome", segundo a agência noticiosa espanhola EFE.
"Devido ao bloqueio, 8.000 mulheres morrem anualmente e 1,8 milhões sofrem de desnutrição", disseram os rebeldes.
Os Huthis acusaram também hoje a Arábia Saudita de bombardear várias posições dos rebeldes, um dia depois dos sauditas terem proposto um cessar-fogo para acabar com o conflito com quase sete anos.
A televisão controlada pelos Huthis, Al-Massirah, indicou que "a aviação saudita" realizou "quatro bombardeamentos" na localidade de Sirwah, perto da cidade de Marib, onde nas últimas semanas se intensificaram os combates entre os rebeldes, apoiados pelo Irão, e o governo internacionalmente reconhecido do Iémen, ajudado pela coligação militar árabe.
Adiantou que Riade também bombardeou a localidade de Abs, controlada pelos xiitas, e a capital Sanaa, na posse dos Huthis.
De acordo com os últimos dados das Nações Unidas, a guerra do Iémen já causou 233.000 mortos, 131.000 dos quais por "causas indiretas" como desnutrição, falta de serviços médicos e de infraestruturas.
A violência provocou a morte de "dezenas de milhares de civis", incluindo 5.660 crianças, segundo a ONU, que considera o Iémen a pior catástrofe humanitária do mundo, com cerca de 80% da população a necessitar de algum tipo de assistência.
A guerra do Iémen começou em 2014, com os Huthis a conquistarem zonas no norte do país, incluindo a capital, e agravou-se a partir de 25 de março de 2015, faz na quinta-feira seis anos, com a intervenção da coligação internacional árabe.