Júri do julgamento do homicídio de Floyd já foi escolhido
A escolha do júri para o julgamento do homicídio do afro-americano George Floyd terminou hoje, abrindo caminho para um processo que debaterá justiça racial e decorrerá sob forte escrutínio público.
© Reuters
Mundo Floyd
Doze jurados e dois suplentes, incluindo quatro negros e dois mestiços, foram escolhidos para o júri que vai dar o veredito do ex-polícia Derek Chauvin, que em 25 de maio passado asfixiou Floyd, depois de ter estado cerca de nove minutos ajoelhado sobre o seu pescoço.
O júri foi escolhido após 10 dias de intensos interrogatórios, em que advogados e procuradores ouviram mais de 100 pessoas para selecionar os jurados considerados aptos e independentes para um julgamento que decorrerá sob forte escrutínio.
Ao longo deste processo, foram muitos os potenciais jurados que foram excluídos, por não darem garantia de isenção, ou que apresentaram dispensa, por motivos profissionais, por recearem pela sua integridade física ou por nervosismo.
O júri, que é sorteado e cuja identidade não é revelada até que o veredito seja proferido, teve de passar por uma série de interrogatórios, para receber a aprovação dos advogados de acusação e de defesa.
Na semana passada, a pedido dos advogados de Chauvin, o juiz Peter Cahill convocou sete jurados e questionou cada um deles para descobrir o que sabiam sobre o acordo extrajudicial que a Câmara Municipal tinha estabelecido com a família de Floyd, no valor de 27 milhões de dólares (cerca de 23 milhões de euros) e se isso afetaria a sua capacidade de participar no julgamento.
Nessa altura, dois dos jurados acabaram afastados, depois de a defesa ter alegado que o conhecimento do acordo extrajudicial com a família do afro-americano poderia influenciar o comportamento dos jurados.
O último dos jurados, hoje escolhido, é um contabilista, casado, que disse que inicialmente formou uma opinião negativa sobre Chauvin - por lhe parecer que usou mais força desnecessária para deter Floyd -- mas que agora considera ser capaz de avaliar o caso sem preconceitos e de forma isenta.
Ao longo do dia, outros potenciais jurados foram ouvidos, mas foram logo dispensados, incluindo um ex-motorista que disse que daria sempre primazia às versões de agentes policiais em detrimento de versões apresentadas por cidadãos.
A defesa de Derek Chauvin recusou sempre potenciais jurados que disseram ao tribunal terem sentimentos fortes de que o polícia era culpado neste caso, enquanto os procuradores de acusação rejeitaram os que revelavam serem muito críticos sobre a atuação das forças de segurança nos EUA.
As alegações iniciais do julgamento de Chauvin começam na segunda-feira.
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