"Registámos um aumento dos fluxos migratórios vindos principalmente da Líbia", disse Luciana Lamorgese, em entrevista publicada hoje pelo jornal La Repubblica.
"Já entrei em contacto com o meu homólogo líbio, Khaled Mazen, e quero encontrar-me com ele o mais brevemente possível. Os dados mostram a absoluta urgência de uma intervenção concreta da União Europeia antes dos resultados das complexas negociações sobre o Pacto de Migração e Asilo", adiantou.
A ministra sublinhou que "a Itália continua a solicitar em todas as sedes europeias [a criação de] um mecanismo operacional de solidariedade, apoiado por países que partilham os princípios do respeito pelos direitos humanos" que, segundo considerou, "pode arrancar nos próximos meses".
Neste sentido, Lamorgese destacou "o importante" resultado obtido no sábado em Atenas "com o documento que os países do Med5 - Chipre, Grécia, Itália, Malta e Espanha - enviaram à Comissão Europeia.
No documento, é referida a necessidade de cumprir "dois pontos fundamentais: o princípio da solidariedade e justa distribuição das responsabilidades e a necessidade de estabelecer um mecanismo europeu de gestão centralizada que facilite o regresso a pedido dos Estados interessados", descreveu.
A ministra italiana referiu ainda o pedido destes cinco países à Comissão Europeia para "reforçar os acordos de colaboração com os países de origem e trânsito dos fluxos: desta forma será também possível prevenir o tráfico de migrantes, a perda de vidas humanas e promover um repatriamento efetivo".
Segundo a responsável, o número estimado repatriações realizadas pela Itália nos primeiros meses de 2021 ascende a 776.
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