"Aprovaram uma lei dizendo que não se pode dar água às pessoas que estão numa fila à espera para votar. Não é preciso saber mais nada para concluir que isto é apenas punitivo, pensado para impedir as pessoas de votar", disse Biden.
"É uma atrocidade", adiantou o presidente norte-americano em declarações aos jornalistas, horas depois de o governador estadual Brian Kemp promulgar a lei que introduz restrições ao voto por correspondência e reforça o controlo sobre a gestão da votação.
Aprovadas na sequência de uma vitória no Estado, que historicamente pende para o partido republicano, do presidente Joe Biden nas últimas eleições presidenciais e de dois democratas em duas eleições à segunda volta para lugares no Senado, as alterações são interpretadas por este partido como visando diminuir a participação eleitoral de minorias étnicas.
Num comunicado, o presidente norte-americano afirmou que medidas como a redução do horário de votação ou restrições ao voto por correspondência significam na prática retirar o direito de voto a muitos cidadãos e apelou ao Congresso para responder fortalecendo estes direitos.
"Isto tem de acabar. Temos uma responsabilidade moral e constitucional de agir. Isto é (a lei) Jim Crow no século XXI", afirmou Biden, referindo-se à legislação sobre segregação racial nos Estados do sul, que se manteve até meados do século XX.
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