PR da África do Sul reúne de emergência responsáveis da Defesa

O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, reuniu-se hoje com altos responsáveis da Defesa devido ao ataque no norte de Moçambique que resultou na morte de pelo menos um sul-africano e vários outros desaparecidos, noticiou a televisão estatal.

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Lusa
27/03/2021 19:58 ‧ 27/03/2021 por Lusa

Mundo

Moçambique

 

O canal público sul-africano avançou ainda que "suspeitos militantes do Isis [grupo extremista Estado Islâmico] atacaram civis em fuga e ocuparam Palma", salientando que os grupos armados "tomaram" a cidade moçambicana apesar de persistirem combates na área.

A Força Nacional de Defesa da África do Sul (SANDF, na sigla em inglês) está a considerar o destacamento de forças especiais para ajudar a conter a situação de guerra no norte do país vizinho, referiu por seu lado uma fonte da segurança ao portal sul-africano News24.

A África do Sul reforçou hoje a sua missão diplomática em Moçambique na sequência do ataque na cidade de Palma, junto aos projetos de gás no norte do país, anunciou o Governo sul-africano.

Pelo menos um empreiteiro sul-africano foi morto e vários outros encontram-se desaparecidos, noticiou hoje a imprensa sul-africana, em resultado do ataque contra um hotel onde cerca de 200 trabalhadores expatriados de várias nacionalidades foram instruídos a refugiarem-se, segundo a imprensa sul-africana.

Até ao momento são desconhecidos os motivos do ataque, que coincidiu com a retoma na quarta-feira da operação da nova unidade de gás natural liquefeito, um projeto liderado pela petrolífera francesa Total, que se desenvolve em Afungi, junto à vila de Palma.

O ataque é o mais grave junto aos projetos de gás após três anos e meio de insurgência armada à qual a sede de distrito tinha até agora sido poupada.

A violência está a provocar uma crise humanitária no norte de Moçambique, com quase 700 mil deslocados e mais de duas mil mortes.

Algumas das incursões foram reivindicadas pelo grupo extremista Estado Islâmico entre junho de 2019 e novembro de 2020, mas a origem dos ataques continua sob debate.

Leia Também: Entre o desespero e a fuga, somam-se relatos do terror em Palma

 

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