O canal público sul-africano avançou ainda que "suspeitos militantes do Isis [grupo extremista Estado Islâmico] atacaram civis em fuga e ocuparam Palma", salientando que os grupos armados "tomaram" a cidade moçambicana apesar de persistirem combates na área.
A Força Nacional de Defesa da África do Sul (SANDF, na sigla em inglês) está a considerar o destacamento de forças especiais para ajudar a conter a situação de guerra no norte do país vizinho, referiu por seu lado uma fonte da segurança ao portal sul-africano News24.
A África do Sul reforçou hoje a sua missão diplomática em Moçambique na sequência do ataque na cidade de Palma, junto aos projetos de gás no norte do país, anunciou o Governo sul-africano.
Pelo menos um empreiteiro sul-africano foi morto e vários outros encontram-se desaparecidos, noticiou hoje a imprensa sul-africana, em resultado do ataque contra um hotel onde cerca de 200 trabalhadores expatriados de várias nacionalidades foram instruídos a refugiarem-se, segundo a imprensa sul-africana.
Até ao momento são desconhecidos os motivos do ataque, que coincidiu com a retoma na quarta-feira da operação da nova unidade de gás natural liquefeito, um projeto liderado pela petrolífera francesa Total, que se desenvolve em Afungi, junto à vila de Palma.
O ataque é o mais grave junto aos projetos de gás após três anos e meio de insurgência armada à qual a sede de distrito tinha até agora sido poupada.
A violência está a provocar uma crise humanitária no norte de Moçambique, com quase 700 mil deslocados e mais de duas mil mortes.
Algumas das incursões foram reivindicadas pelo grupo extremista Estado Islâmico entre junho de 2019 e novembro de 2020, mas a origem dos ataques continua sob debate.
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