Atentado com carro-bomba deixa 43 pessoas feridas na Colômbia

A explosão de um carro-bomba no sudoeste da Colômbia, junto à Câmara Municipal de Corinto, provocou hoje 43 feridos, adiantou o governo, que atribui o ataque a dissidentes das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC).

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© Sebastian Barros/NurPhoto via Getty Images

Lusa
27/03/2021 20:12 ‧ 27/03/2021 por Lusa

Mundo

Colômbia

 

Segundo avançou o ministro da Defesa colombiano, Diego Molano, citado pela agência de notícias francesas AFP, foram hospitalizadas 43 pessoas, das quais 17 queixavam-se de tonturas, 20 tinham ferimentos ligeiros e seis ficaram gravemente feridas.

Uma fonte da Câmara Municipal precisou à AFP que 13 das vítimas eram funcionários do município e, entre elas, estavam duas mulheres grávidas.

"Este atentado (...) cego contra a população civil e, neste caso, contra uma instituição pública como a Câmara Municipal, é um ataque terrorista", afirmou o ministro da Defesa, que atribui a autoria do ataque a dissidentes das FARC, um grupo de guerrilha de inspiração marxista.

O presidente daquele país, Iván Duque Márquez, defendeu que "quem está por detrás deste ataque são os bandidos da [dissidência de] Dagoberto [Ramos]", reiterando que estes dissidentes "são criminosos, delinquentes, não são revolucionários".

A operação militar das FARC foi dissolvida em 2017, depois de, em 2016, este grupo ter assinado um tratado de paz com o Governo colombiano que pôs fim a mais de 50 anos de conflito.

No entanto, cerca de 2.500 rebeldes continuam no ativo, vivendo, essencialmente, do tráfico de droga e da exploração ilegal de minérios.

O Ministério da Defesa está a oferecer uma recompensa equivalente a 75.000 dólares (cerca de 63 mil euros) a quem tiver informações sobre os autores do ataque.

A missão de verificação do Acordo de Paz das Nações Unidas na Colômbia apelou a um reforço da segurança no departamento de Cauca, onde fica a cidade de Corinto, que tem sido particularmente afetado pela violência.

Apesar da diminuição da violência, depois das tréguas de 2016, o país continua imerso num conflito interno que envolve guerrilhas, milícias paramilitares de extrema-direita e forças armadas, que, desde 1960, já causou mais de nove milhões de vítimas, entre mortos, feridos e desaparecidos.

Leia Também: Mais de 13 mil pessoas em fuga da violência na Colômbia

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