O Presidente da Bolívia, Luis Arce, através da rede social Twitter, divulgou informações do decreto que determinou o fecho da fronteira com o Brasil, aprovado junto com medidas que o seu Governo aplicará até 30 de abril para evitar a proliferação da doença.
"Como parte das medidas de proteção à população, instruímos o fecho temporário das fronteiras com o Brasil por sete dias", escreveu Arce.
O chefe de Estado acrescentou que os ministérios da Saúde e das Relações Exteriores da Bolívia poderão ordenar o fecho "temporário de outros pontos de fronteira [com o Brasil] com base na situação epidemiológica".
O ministro da Saúde boliviano, Jeyson Auza, explicou numa conferência de imprensa que a disposição do Governo estará em vigor com o objetivo de proteger a vida dos bolivianos e "mitigar os riscos associados às novas estirpes" da covid-19.
Segundo o ministro também será dada prioridade à vacinação nas regiões de fronteira com o Brasil e municípios onde haja "circulação comunitária" da covid-19.
Auza destacou que medidas que "sufoquem a economia" não podem ser tomadas, portanto, enquanto durar o fecho da fronteira com o Brasil, haverá um "trânsito de fronteira por três horas" que será coordenado com as prefeituras.
O ministro também expressou outras medidas tomadas pelo Governo para aumentar a "vigilância epidemiológica", como a exigência de um teste PCR negativo 72 horas antes da entrada dos viajantes que chegam ao país.
Além disso, os viajantes do exterior devem cumprir um isolamento de 10 dias e no sétimo devem ser submetidos a novo teste para detetar infeção por covid-19, e também devem ter seguro de saúde antes de entrar no país, exceto para residentes permanentes.
Auza indicou que por enquanto não se pode "afirmar categoricamente" que a variante do Brasil está circulando na Bolívia até que os testes enviados para um laboratório confirmem esses dados.
A Bolívia acumula 272.411 casos positivos e 12.257 mortes desde a deteção do primeiro contágio, em março do ano passado.
O Brasil é o país lusófono mais afetado pela pandemia e um dos mais atingidos no mundo ao contabilizar 321,515 vítimas mortais e mais de 12,7 milhões de casos confirmados de covid-19.
A pandemia de covid-19 fez pelo menos 2.816.908 mortos em todo o mundo, desde que a Organização Mundial da Saúde (OMS) detetou a doença na República Popular da China no final de dezembro de 2019, de acordo com o balanço diário efetuado pela France-Presse.
Mais de 128.851.200 casos de infeção foram oficialmente diagnosticados desde o início da pandemia.
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