"Certamente estamos no pico da terceira vaga, mas as coisas vão melhorar nas próximas semanas", defendeu o ministro da Saúde, Kostadin Anguelov, em declarações à imprensa.
Os restaurantes e cafés reabriram as esplanadas após um encerramento de 10 dias, enquanto os pavilhões desportivos, piscinas, cinemas, teatros, circos e museus podem, novamente, receber o público a 30% da sua capacidade.
As creches vão voltar a receber crianças na segunda-feira, o dia seguinte às eleições, e os alunos regressam às salas de aula uma semana depois.
"Temos de encontrar um equilíbrio entre a saúde mental e a saúde física", acrescentou o ministro, antecipando as críticas.
Os profissionais de emergência denunciaram imediatamente em comunicado uma "farsa" e uma "ameaça à vida dos pacientes".
Mais de 10.000 pessoas estão hospitalizadas no país, que tem menos de sete milhões de habitantes e uma das maiores taxas de mortalidade relativa à covid-19 da União Europeia.
Na capital, Sófia, as ambulâncias têm de levar os doentes que precisam de cuidados intensivos de volta para casa devido à falta de camas disponíveis.
"Quando fechamos, metade das pessoas culpa-nos por as privarmos da cultura e do desporto, quando abrimos, a outra metade insulta-nos", lamentou o inspetor-geral da Saúde, Angel Kountchev.
Em relação às eleições legislativas, o instituto Alpha Research relatou hoje "preocupações por causa da covid-19", expressas por 46% dos eleitores questionados.
Os socialistas podem ser penalizados por causa do seu eleitorado mais velho, que pode acorrer às urnas em menor número do que o habitual.
Na quarta-feira, a Bulgária registou um novo recorde de contágios pela covid-19, com 5.176 novos casos e 155 mortes, enquanto o número de internados chegou a 9.811, dos quais 748 nos cuidados intensivos.
De acordo com o Centro Europeu para Prevenção e Controlo de Doenças (ECDC), a Bulgária tem atualmente a quarta maior taxa de mortalidade na União Europeia (UE).
O país ocupa o último lugar em vacinação na UE, tendo administrado uma dose a 6,7% da população adulta.
A pandemia de covid-19 provocou, pelo menos, 2.816.908 mortos no mundo, resultantes de mais de 128,8 milhões de casos de infeção, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
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