Segundo explicaram as duas fontes, que voaram hoje de manhã de Palma para Pemba, a zona de Quitunda e do recinto da petrolífera Total, apenas seis quilómetros a sul da vila atacada de Palma, continuava segura.
População em fuga ou escondida em locais em redor estava a ser transportada para ali por helicóptero e estavam também a ser mobilizadas viaturas para as recolher.
Informação das Nações Unidas citava na sexta-feira dados da petrolífera Total segundo os quais havia 23.000 pessoas refugiadas em Quitunda, junto ao recinto da empresa.
As descrições de quem chega a Pemba apontam para o mesmo cenário: Embora sem quantificar referem que há muitas pessoas na zona com todo o tipo de necessidades básicas, desde logo, alimentação.
Alguns dos deslocados que estão em Quitunda, receando a proximidade com Palma, seguiram a pé em direção a sudoeste tentando alcançar Mueda, um percurso de cerca de 140 quilómetros.
As mesmas fontes relataram que durante a fuga de Palma avistaram barcos da marinha ao largo da península de Afungi, mas sem conseguir dar mais detalhes.
A aeronave do Serviço Aéreo Humanitário das Nações Unidas (UNHAS) estacionada em Pemba não operou hoje, pelo segundo dia consecutivo.
O avião chegava a fazer cinco rondas entre Pemba e Afungi para resgatar os casos mais vulneráveis entre deslocados, mas pessoas ligadas à operação disseram à Lusa que a saída completa da Total deixou o serviço sem requisitos técnicos para a realização dos voos.
Apesar das tentativas, a Lusa não obteve esclarecimentos da Total, nem da ONU, nem do Instituto Nacional de Gestão de Desastres de Moçambique sobre a continuação de operações de resgate.
O porta-voz das Forças Armadas e de Defesa de Moçambique (FADM) remeteu para mais tarde informações sobre a situação das operações militares em Palma.
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