Cheias em Timor. Número de mortos sobe para 21, maioria na capital
O balanço das cheias que assolaram Timor-Leste aumentou de 11 para 21 o número de mortos, 13 dos quais em Díli e os restantes em outros municípios, disse à Lusa fonte da Proteção Civil.
© Lusa
Mundo Timor-Leste
Entre as 13 vítimas mortais em Díli contam-se pelo menos seis crianças e um polícia, acrescentou.
A mesma fonte referiu que começam a chegar informações mais detalhadas sobre outras zonas do país, indicando que cinco pessoas morreram num deslizamento de terras na região do Turiscai (município de Manufahi).
Em Ainaru registaram-se pelo menos três mortos, segundo a informação da Proteção Civil.
Este balanço de vítimas mortais é ainda provisório, uma vez que várias pessoas estão dadas como desaparecidas.
Atualmente, na capital, há já 11 locais que estão a acolher milhares de pessoas que perderam as suas casas ou que ficaram desalojadas devido a inundações.
Além do apoio oficial que está a ser coordenado pelas autoridades, cidadãos e empresas de Díli têm-se mobilizado desde domingo para fazer chegar ajuda aos mais afetados.
"Quem quiser apoiar com bens e donativos pedimos que centralizem a sua entrega nas instalações da Proteção Civil em Caicoli", sublinhou aquela entidade.
Num relatório preliminar da secretaria de Estado da Proteção Civil a que a Lusa teve acesso refere-se que foram afetadas de forma significativa mais de duas mil famílias, com o levantamento e avaliação das necessidades de emergência ainda a decorrer em vários locais.
No município de Viqueque, a Proteção Civil tem já identificadas pelo menos 420 famílias afetadas pelo mau tempo, às quais está a ser canalizado um primeiro apoio de emergência.
Em Covalina há registos preliminares de danos que afetam 45 famílias na aldeia de Halik, suco Beco, com a avaliação a ser dificultada pela queda de uma ponte.
No município de Baucau, o mau tempo afetou várias famílias em vários sucos da região, estando hoje ainda a decorrer mais averiguações dos danos.
Em Manufahi, para além das vítimas mortais, há pelo menos quatro famílias afetadas e em Bobonaru há duas famílias que necessitam de apoio humanitário.
Depois de uma noite sem chuva, a população de Díli está hoje num processo inicial de limpeza e de rescaldo, com várias zonas da cidade ainda sem eletricidade. Equipas da Proteção Civil e do Governo estão no terreno para iniciar intervenções urgentes de apoio a famílias e de reparação de estragos em infraestruturas.
O lixo acumulado no leito das ribeiras e nas margens está ainda a causar riscos significativos em vários locais, incluindo, por exemplo, na ribeira perto da Escola Portuguesa de Díli.
Recorde-se que a 13 de março de 2020, chuvas torrenciais na capital causaram a rotura dessa ribeira, inundando e provocando danos significativos na escola.
O acumular de lixo e detritos na ribeira, dificultando a passagem da água, pode agora, no caso de se verificar mais chuva, causar problemas adicionais na zona.
Hoje também, fonte do aeroporto em Díli confirmou à Lusa que, apesar da inundação do terminal de passageiros, a pista está operacional e, por isso, preparada para acolher um voo proveniente de Singapura com as primeiras 24 mil doses da vacina contra a covid-19.
O voo, fretado pela UNICEF é esperado na capital às 13:00 (05:00 em Lisboa), com o programa de vacinação previsto para arrancar na quarta-feira.
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