Wang disse ao homólogo japonês, Toshimitsu Motegi, numa conversa por telefone, que os dois países devem garantir que as relações bilaterais "não se envolvem no chamado confronto entre os grandes poderes", segundo o comunicado do ministério chinês.
Wang acrescentou que Pequim "espera que o Japão, como país independente, olhe para o desenvolvimento da China de forma objetiva e racional, em vez de ser enganado por alguns países que têm uma visão tendenciosa contra a China".
O Japão, aliado dos EUA, que tem bases navais e aéreas em solo nipónico, partilha das preocupações de Washington sobre o aumento da capacidade militar da China e das suas reivindicações territoriais nos mares adjacentes.
No entanto, os interesses comerciais e de investimento do Japão às vezes restringem as suas críticas ao país vizinho.
O primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, viaja para Washington, para se encontrar com o Presidente, Joe Biden, em 16 de abril, na primeira cimeira presencial do líder dos EUA, desde que assumiu o cargo em janeiro.
Biden, em contraste com o seu antecessor Donald Trump, enfatizou a reconstrução dos laços com aliados europeus e asiáticos, enquanto os EUA se preparam para competir com uma China em ascensão.
O ministro dos Negócios Estrangeiros do Japão, Toshimitsu Motegi, levantou os direitos humanos na região de Xinjiang e em Hong Kong, importantes para Biden.
O governante também reiterou o protesto do Japão contra a presença da China nas águas próximas de um grupo de ilhas desabitadas controladas pelo Japão, mas que a Pequim reivindica, no Mar do Leste.
Wang opôs-se à interferência do Japão nos assuntos internos da China em Xinjiang e em Hong Kong, segundo o comunicado chinês.
Taiwan é outro ponto de potencial conflito. Suga afirmou, no início desta semana, que o Japão vai cooperar com os EUA nesta questão.
A China considera a ilha como uma província sua, apesar de esta funcionar como uma entidade política soberana.
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