Médico afirma em tribunal que morte se deveu a baixos níveis de oxigénio
O afroamericano George Floyd morreu devido aos baixos níveis de oxigénio no sangue, após o ex-polícia Derek Chauvin presionar o joelho contra o seu pescoço durante vários minutos, afirmou hoje, durante o julgamento do ex-agente, o médico Martin Tobin.
© Getty Images
Mundo EUA
Tobin é um especialista do pulmão e em cuidados intensivos, que analisou os registos médicos do caso.
Durante a comparência perante um tribunal de Minéapolis (Minesota,EUA.) que julga Chauvin, Tobin explicou haver uma série de motivos para os baixos níveis de oxigénio encontrados no sangue de Floyd.
Neste sentido, destacou que Chauvin pôs 41,5 quilogramas, metade do peso do seu corpo mais o da roupa e do equipamento, sobre o pescoço de Floyd.
"A causa do baixos níveis de oxigénio foi a respiração débil", indicou, acrescentando que o ar não pôde chegar aos pulmões da vítima.
O perito, que se apoiou em gráficos e imagens de vídeo, sublinhou que a forma como Floyd foi algemado e a posição em que Chauvin o imobilizou no solo criou uma espécie de torniquete que afetou a respiração.
O julgamento contra o ex-polícia começou em finais de março. Durante os primeiros dias as sessões do processo centraram-se nos últimos momentos de vida de Floyd, a 15 de maio, enquanto esta semana testemunharam especialistas e peritos policiais.
A defesa do ex-agente está a tentar ligar a morte de Floyd ao rumor de que consumia drogas e aos seus problemas de saúde.
Floyd perdeu a vida quando agentes tentaram detê-lo por ter usado uma nota falsa para pagar uma compra.
Durante a detenção, Chauvin imibilizou-o no chão pressionando o joelho até que deixou de respirar.
O ex-polícia está acusado dos crimes de assassínio em segundo grau, punido com pena até 40 anos de prisão, assassínio em terceiro grau, com uma pena máxima de 25 anos, e homicídio em segundo grau, que implica até 10 anos de privação da liberdade.
No entanto, como não tem antecedentes penais, só poderá ser condenado a um máximo de 12 anos e meio de prisão pelos primeros dois crimes e a quatro anos de prisão pelo terceiro.
Na quarta-feira, outro especialista que testemunhou no julgamento do assassínio de George Floyd, disse que o polícia Derek Chauvin usou "força letal" desproporcionada durante a detenção do afro-americano.
Durante os mais de nove minutos em que ficou imobilizado, com o pescoço debaixo do joelho de Derek Chauvin, George Floyd "estava deitado de bruços, estava algemado, não tentava escapar ou resistir", explicou Jody Stiger, agente policial de Los Angeles e especialista no uso da força pelas autoridades, que concluiu que a ação do ex-polícia foi desproporcional.
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