O Hankuk Chemi tinha sido apreendido e os 20 tripulantes de diferentes nacionalidades detidos pelos Guardas Revolucionários, o exército ideológico da República Islâmica.
Numa declaração, o Ministério dos Negócios Estrangeiros sul-coreano afirmou que o capitão do navio tinha sido libertado e que o petroleiro tinha "saído hoje em segurança".
Teerão tinha acusado o navio de poluição marítima.
Em fevereiro, o Irão tinha permitido que todos os membros da tripulação, exceto o comandante, deixassem o país por razões "humanitárias", mas a maioria tinha permanecido a bordo para assegurar a manutenção do petroleiro.
O Irão era dos principais fornecedores de petróleo da Coreia do Sul, até que o país parou as aquisições, sob pressão das sanções dos EUA, reinstituídas a partir de 2018 pelo antigo Presidente norte-americano Donald Trump, destinadas a secar as receitas petrolíferas iranianas.
Teerão tinha acusado Seul de manter "reféns" sete mil milhões de dólares em fundos (5,7 mil milhões de euros) pertencentes ao Irão.
A Coreia do Sul anunciou em março que tinha acordado uma solução para libertar os fundos congelados, mas estava à espera de uma 'luz verde' de Washington.
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, tinha dito que Washington se oporia, a menos que a República Islâmica voltasse a cumprir integralmente o acordo nuclear internacional com o Irão.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da Coreia do Sul não fez qualquer menção aos fundos na declaração de hoje.
De acordo com várias reportagens da imprensa sul-coreana, o primeiro-ministro Chung Sye-kyun visitará Teerão brevemente, sem dar uma data.
A apreensão do Hankuk Chemi foi a primeira pelas forças iranianas em mais de um ano.
Os Guardas Revolucionários embarcaram no petroleiro Stena Impero de bandeira britânica em julho de 2019 no Estreito de Hormuz - através do qual um quinto da produção mundial de petróleo transita -, antes de o libertarem dois meses mais tarde.
O embarque no Stena Impero foi visto como uma resposta à apreensão por parte das autoridades britânicas de um petroleiro iraniano em Gibraltar, que foi libertado apesar das objeções dos EUA.
Teerão negou qualquer ligação entre os dois incidentes.
As forças iranianas apreenderam pelo menos seis outros navios nesse ano por alegado contrabando de combustível.
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