Tribunal absolve dois ex-militares acusados por genocídio no Ruanda
O tribunal das Nações Unidas para o Ruanda, reunido em Arusha, na Tanzânia, absolveu hoje dois antigos responsáveis militares ruandeses e reduziu a pena de um terceiro, todos acusados de envolvimento no genocídio de 1994.
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Mundo Pena
No que é o segundo processo coletivo envolvendo altos responsáveis militares, o tribunal internacional considerou que o general Augustin Ndindiliyimana, ex-chefe da polícia militarizada condenado em maio a 11 anos de prisão por genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra, não tinha efetiva autoridade sobre os subordinados que sofreram os abusos de que estava acusado.
O major François-Xavier Nzuwonemeye, ex-comandante de uma unidade de elite das forças armadas ruandesas condenado a 20 anos por crimes contra a humanidade e crimes de guerra, foi igualmente absolvido, por não se ter provado ter estado implicado no assassinato, a 7 de abril de 1994, do primeiro-ministro Agathe Uwilingiyimana e dos dez capacetes azuis belgas destacados para o defender, crimes pelos quais homens que comandava foram responsabilizados.
O Tribunal Penal Internacional para o Ruanda reduziu ainda para 15 anos (em vez de 20) a sentença de um terceiro oficial, o capitão Innocent Sagahutu, da unidade de elite de Nzuwonemeye.
A decisão sobre o caso do antigo chefe do Exército Augustin Bizimungu, condenado em primeira instância a 30 anos de prisão, por genocídio, crimes contra a humanidade e crimes de guerra, foi adiada para data a determinar, sem que o tribunal tenha dado indicação das razões.
O tribunal da ONU para o Ruanda foi criado em novembro de 1994 para julgar os alegados responsáveis pelo genocídio cometido contra a minoria tutsi e também contra hutus moderados, que culminou com 800 mil mortos.
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