Alibaba: Repercussões de multa por práticas monopolistas são menores
O grupo chinês de comércio eletrónico Alibaba disse hoje que a pesada multa imposta no sábado passado pelas autoridades, por práticas monopolistas, não tem grandes repercussões para a empresa, levando as suas ações a disparar.
© Reuters
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O presidente do grupo, Daniel Zhang, disse aos investidores por videoconferência que não espera "um impacto negativo material", após a multa recorde de 18 mil milhões de yuan (2,3 mil milhões de euros) imposta por Pequim.
O valor equivale a 4% da receita do Alibaba na China em 2019.
Zhang disse que a maior plataforma de comércio eletrónico do país asiático tem milhões de utilizadores e comerciantes, e que não precisa de exclusividade para os manter.
O responsável indicou que a empresa que dirige vai implementar novas medidas, como a redução dos custos de utilização das plataformas para os comerciantes e a oferta de serviços tecnológicos com custos mais baixos, em linha com as orientações dos reguladores chineses.
A multa, imposta pela Administração Estatal de Regulação do Mercado, surgiu após uma investigação antimonopólio, lançada em dezembro passado.
O vice-presidente executivo Joe Tsai explicou que a empresa aceita a multa e não vai apelar da decisão.
As ações do Alibaba subiram 7,25% a meio da sessão de hoje na Bolsa de Valores de Hong Kong.
Segundo os reguladores do mercado chinês, o Alibaba abusou da sua posição dominante para forçar os fornecedores a escolher o grupo, de forma exclusiva, em detrimento de outras plataformas de mercado, violando assim "os direitos [dos fornecedores] e dos consumidores".
O Alibaba está na mira dos reguladores chineses há meses, também devido às críticas lançadas, em outubro passado, pelo seu fundador, o magnata Jack Ma, contra os regulamentos vigentes no sistema bancário do país.
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