A televisão estatal indicou que o suspeito é Reza Karimi, de 43 anos, e que este já havia fugido do país.
As imagens da televisão mostraram uma fotografia tipo passaporte do homem, dizendo que este nasceu na cidade vizinha de Kashan, no Irão. A notícia não detalhou, entretanto, como o suspeito teria obtido acesso a uma das instalações mais seguras do país.
A televisão também mostrou o que parecia ser um "aviso vermelho" da Interpol pedindo a prisão do suspeito. Este aviso de prisão não estava acessível, até ao momento, no banco de dados público da Interpol.
A Interpol, com sede em Lyon, em França, não respondeu a um pedido de comentário sobre o caso.
A reportagem da televisão disse que estão em andamento "ações necessárias" para levar Karimi de volta ao Irão por meio de canais legais, sem dar mais detalhes.
O suposto "aviso vermelho" da Interpol listava o seu histórico de viagens, incluindo Espanha, Emirados Árabes Unidos, Quénia, Etiópia, Qatar, Turquia, Uganda, Roménia e outro país que estava ilegível na transmissão.
Embora a extensão dos danos do ataque de 11 de abril permaneça obscura, ocorreu num momento em que o Irão tenta negociar com as potências mundiais que os EUA voltem ao acordo nuclear -- que abandonaram em 2018 -, e este último suspenda as sanções económicas ao Irão.
Em resposta às sanções, o Irão já começou a enriquecer urânio com até 60% de pureza, três vezes mais do que antes, embora em pequenas quantidades.
O Irão insiste que o seu programa nuclear é pacífico, embora o Ocidente e a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) digam que Teerão teve um programa nuclear militar organizado até ao final de 2003.
Um relatório anual dos serviços de informação dos EUA, divulgado na terça-feira, manteve a avaliação norte-americana de que correntemente o Irão não está a tentar construir uma bomba nuclear.
O Irão disse que poderia usar urânio enriquecido em até 60% para navios com propulsão nuclear. No entanto, a República Islâmica, atualmente, não possui tais navios em sua marinha.
O ataque em Natanz foi inicialmente descrito apenas como um problema na sua rede elétrica, mas depois as autoridades iranianas começaram a chamá-lo de ataque.
Um responsável iraniano referiu-se a "vários milhares de centrífugas danificadas e destruídas" numa entrevista à televisão estatal. No entanto, nenhum outro oficial confirmou esse número e nenhuma imagem dos estragos foi divulgada.
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