Derek Chauvin é acusado de homicídio em segundo grau, homicídio em terceiro grau e homicídio por negligência, por ter asfixiado Floyd até à morte, colocando um joelho sobre o seu pescoço durante cerca de nove minutos, quando o tentava deter, em maio passado, em Minneapolis, EUA.
Os 14 jurados devem ouvir as alegações finais, cuja fase começou hoje, e depois não têm tempo limite para chegar a uma decisão, que deve ser sempre por consenso, podendo demorar vários dias ou várias semanas a acontecer.
As três acusações exigem que os jurados concluam que as ações de Chauvin foram "um fator causal substancial" na morte de Floyd e que o uso de força por parte do agente não foi "razoável e proporcional".
A acusação de homicídio em segundo grau exige ainda que os procuradores façam prova de que Chauvin quis deliberadamente prejudicar Floyd, mas que não pretendia matá-lo.
A acusação de homicídio em terceiro grau exige prova de que as ações de Chauvin foram "eminentemente perigosas" e sem olhar ao risco de perda de vida.
A acusação de homicídio por negligência exige que os jurados acreditem que o agente causou a morte de Floyd sem ser de forma consciente.
Cada uma das acusações pode levar a uma pena máxima diferente: 40 anos para homicídio em segundo grau; 25 anos para homicídio em terceiro grau; 10 anos para homicídio por negligência.
O juiz começou o dia das alegações finais instruindo os jurados sobre a revisão de diferentes tipos de provas e explicando a forma como deveriam avaliar cada tipo de acusação criminal.
O júri ira deliberar num tribunal cercado por barreiras de cimento armado e arame farpado, numa cidade cuja segurança foi reforçada com um forte dispositivo da Guarda Nacional, por causa da atenção mediática à volta deste caso que provocou uma onda de protestos contra o racismo e a violência policial.
Leia Também: Polícia acusado de asfixiar Floyd recusa-se a testemunhar em tribunal