A mini-cimeira da Conferência Internacional da Região dos Grandes Lagos (CIRGL), a convite do chefe do executivo angolano, João Lourenço, também presidente em exercício deste órgão, trouxe à capital angolana os presidentes do Congo, Denis Sassou N'Guesso, do Ruanda, Paul Kagame, da RCA, Faustin Archange Touadéra, bem como representantes do Conselho Soberano de Transição do Sudão, da República Democrática do Congo, e dos Camarões.
No comunicado final, os chefes de Estado e do Governo exprimem o seu pesar e apresentam condolências ao governo e povo chadiano e à família enlutada.
No seu discurso de encerramento, João Lourenço pediu também um minuto de silêncio em honra de Idriss Déby, face à notícia da sua morte que deixou "todos surpreendidos".
O Presidente do Chade, Idriss Déby Itno, no poder há 30 anos, morreu hoje de ferimentos sofridos enquanto comandava o seu exército na luta contra rebeldes no norte durante o fim-de-semana, anunciou um porta-voz na televisão estatal.
"O Presidente da República, chefe de Estado, chefe supremo do Exército, Idriss Déby Itno, acaba de dar o seu último suspiro, enquanto defendia a integridade territorial no campo de batalha", anunciou o porta-voz do Exército, general Azem Bermandoa Agouna, numa declaração lida na estação pública de televisão chadiana, TV Tchad.
"É com profunda amargura que anunciamos ao povo chadiano a morte esta terça-feira, 20 de abril de 2021, do marechal do Chade", acrescentou Bermandoa Agouna.
Déby, 68 anos, um oficial militar de carreira que tomou o poder em 1990 num golpe e foi promovido ao posto de marechal de campo em agosto último, foi reeleito para um mandato de seis anos com 79,32% dos votos, de acordo com os resultados provisórios anunciados esta segunda-feira à noite pela comissão eleitoral nacional.
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