Japão aumenta significativamente meta de redução de CO2 até 2030
O Japão aumentou o objetivo de redução das suas emissões de CO2 de 26% para 46% até 2030 em relação aos níveis de 2013, anunciou hoje o primeiro-ministro, Suga Yoshihide.
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Mundo Clima
"Queremos baixar as nossas emissões de gás com efeito de estufa para 46% no ano fiscal de 2030 (que se inicia a 1 de abril), por comparação com o ano fiscal 2013", declarou Suga numa reunião.
O anúncio da terceira economia mundial ocorre pouco antes do início da cimeira virtual mundial sobre o clima organizada pelos Estados Unidos, que devem apresentar também um objetivo mais ambicioso em relação à redução das suas emissões de gás com efeito de estufa.
O Japão era em 2019 o quinto país entre os maiores emissores de CO2 no mundo, atrás da China, Estados Unidos, Índia e Rússia, segundo a plataforma 'online' Global CO2 Atlas.
O arquipélago nipónico continua muito dependente de energias fósseis (gás natural que importa liquefeito e carvão, nomeadamente), especialmente porque limita muito o recurso à energia nuclear desde a catástrofe de Fukushima em 2011.
Suga anunciou no ano passado a meta de alcançar a neutralidade de carbono no Japão até 2050, alinhando-se com o calendário da União Europeia, mas ainda não pormenorizou vários passos importantes para o conseguir.
Na quarta-feira, a União Europeia prometeu uma redução de pelo menos 55% das suas emissões de gases com efeito estufa até 2030 em comparação com 1990.
Mais de 40 líderes mundiais, entre os quais o chinês Xi Jinping, o russo Vladimir Putin e o francês Emanuela Macron, reúnem-se virtualmente a partir de hoje e durante dois dias para discutir o aquecimento global, numa cimeira convocada pelo Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. O ministro português do Ambiente e Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, intervém na cimeira.
Biden convidou os líderes dos 17 países responsáveis por cerca de 80% das emissões globais de gases com efeito de estufa e do produto interno bruto (PIB) mundial, países que demonstraram uma "forte liderança climática" e países especialmente vulneráveis às alterações climáticas.
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