Numa audiência privada de cerca de 30 minutos com Hariri, "o Papa quis reiterar a sua proximidade ao povo libanês que vive um momento de grande dificuldade e incerteza e lembrou a responsabilidade de todas as forças políticas de se comprometerem urgentemente com o benefício da nação", declarou aos jornalistas o chefe do serviço de imprensa do Vaticano, Matteo Bruni.
"Reafirmando o seu desejo de visitar o país logo que estejam reunidas as condições, o Papa Francisco manifestou o desejo de que o Líbano, ajudado pela comunidade internacional, volte a encarnar 'a força dos cedros, a diversidade que da fraqueza se torna força num grande povo reconciliado' com a sua vocação de ser uma terra de encontro, de convivência e de pluralismo", disse ainda Bruni.
Num encontro com a imprensa divulgado pela televisão libanesa al-Jadeed, Hariri confirmou no final da audiência a vontade de Francisco de se deslocar ao país.
"Ele gostaria de ir ao Líbano, mas apenas depois da formação de um Governo e é uma mensagem para os libaneses, que devemos formar um Governo, para que todas as forças e toda a gente se una, para que possamos fazer avançar o Líbano com os nossos amigos", declarou.
Após mais de oito meses de bloqueio e apesar da pior crise económica e financeira da história do país, que necessita de um Governo capaz de lançar reformas, os partidos libaneses continuam enredados em negociações intermináveis, disputando com frequência a distribuição de pastas ministeriais.
Hariri tem viajado pelo Médio Oriente e pela Europa para conseguir apoio na tentativa de formar um Governo. Entre os países que visitou recentemente estão França, Turquia, Egito e Emirados Árabes Unidos. Hoje deve reunir-se também com responsáveis italianos.
A última visita de um Papa ao Líbano foi a de Bento XVI em setembro de 2012.
Nação mediterrânea com cinco milhões de habitantes, o Líbano tem a maior percentagem de cristãos no Médio Oriente e é o único país árabe com um chefe de Estado cristão. Os cristãos constituem um terço da população.
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