Benefícios da AstraZeneca aumentam à medida que crescem taxas de infeção

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) afirma que a toma da segunda dose não deve ser adiada.

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Notícias ao Minuto
23/04/2021 15:14 ‧ 23/04/2021 por Notícias ao Minuto

Mundo

Coronavírus

A Agência Europeia do Medicamento (EMA) insistiu na tarde desta sexta-feira que os benefícios da vacina da AstraZeneca, em todas as faixas etárias, superam os riscos que foram suscitados com casos raros de coágulos sanguíneos. 

"A nossa conclusão interina é de que os benefícios da vacinação aumentam nas idades mais avançadas e face ao aumento das taxas de infeção" de SARS-CoV-2, disse Noël Wathion, o diretor executivo-adjunto da EMA. 

Peter Arlett, o diretor da task force de dados analíticos e métodos, acrescentou que a vacina da AstraZeneca "é muito eficiente a combater infeções e a evitar mortes" causadas pelo coronavírus. 

"A nossa análise colocou os muito raros casos de coágulos num contexto de prevenção de hospitalizações, admissões nos cuidados intensivos e mortes", destacou Arlett, numa alusão ao número pequeno de casos de coágulos sanguíneos que podem estar ligados à toma da vacina da AstraZeneca comparativamente ao número elevado de infeções e de mortes evitadas. 

Wathion abordou ainda uma das questões da Comissão Europeia sobre a toma da segunda dose da vacina da AstraZeneca após ter sido administrada a primeira. "Os dados disponíveis apoiam a toma da segunda dose num período entre quatro a 12 semanas após a toma da primeira dose. Os nossos dados não apoiam o adiamento da toma da segunda dose", vincou. 

A EMA não tem, para já, uma explicação para os casos raros de coágulos, que podem estar associados à vacina da AstraZeneca. "Ainda não sabemos qual o verdadeiro mecanismo destes fenómenos", declarou Marco Cavaleri, o diretor de ameaças biológicas para a saúde e da estratégia de vacinas. 

Cavaleri assinalou ainda que a EMA não dispõe de informação suficiente para saber quem pode ser mais suscetível a estes casos raros de coágulos.  

Na parte final da conferência de imprensa, Noël Wathion frisou que "se a dada altura observarmos que os benefícios [da vacina da AstraZeneca] não superam os riscos, então será uma situação muito diferente", acrescentando que informará sobre os passos a tomar se tal ocorrer. 

[Notícias atualizada às 15h52]

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