Benefícios da AstraZeneca aumentam à medida que crescem taxas de infeção
A Agência Europeia do Medicamento (EMA) afirma que a toma da segunda dose não deve ser adiada.
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Mundo Coronavírus
A Agência Europeia do Medicamento (EMA) insistiu na tarde desta sexta-feira que os benefícios da vacina da AstraZeneca, em todas as faixas etárias, superam os riscos que foram suscitados com casos raros de coágulos sanguíneos.
"A nossa conclusão interina é de que os benefícios da vacinação aumentam nas idades mais avançadas e face ao aumento das taxas de infeção" de SARS-CoV-2, disse Noël Wathion, o diretor executivo-adjunto da EMA.
Peter Arlett, o diretor da task force de dados analíticos e métodos, acrescentou que a vacina da AstraZeneca "é muito eficiente a combater infeções e a evitar mortes" causadas pelo coronavírus.
"A nossa análise colocou os muito raros casos de coágulos num contexto de prevenção de hospitalizações, admissões nos cuidados intensivos e mortes", destacou Arlett, numa alusão ao número pequeno de casos de coágulos sanguíneos que podem estar ligados à toma da vacina da AstraZeneca comparativamente ao número elevado de infeções e de mortes evitadas.
Peter Arlett, Head of Data Analytics and Methods: “The benefits of AstraZeneca vaccine outweigh the risks. The work introduced today puts the very rare blood clots into the context of #COVID19 hospitalisations prevented, intensive-care admissions prevented and deaths prevented.”
— EU Medicines Agency (@EMA_News) April 23, 2021
Wathion abordou ainda uma das questões da Comissão Europeia sobre a toma da segunda dose da vacina da AstraZeneca após ter sido administrada a primeira. "Os dados disponíveis apoiam a toma da segunda dose num período entre quatro a 12 semanas após a toma da primeira dose. Os nossos dados não apoiam o adiamento da toma da segunda dose", vincou.
A EMA não tem, para já, uma explicação para os casos raros de coágulos, que podem estar associados à vacina da AstraZeneca. "Ainda não sabemos qual o verdadeiro mecanismo destes fenómenos", declarou Marco Cavaleri, o diretor de ameaças biológicas para a saúde e da estratégia de vacinas.
Cavaleri assinalou ainda que a EMA não dispõe de informação suficiente para saber quem pode ser mais suscetível a estes casos raros de coágulos.
Na parte final da conferência de imprensa, Noël Wathion frisou que "se a dada altura observarmos que os benefícios [da vacina da AstraZeneca] não superam os riscos, então será uma situação muito diferente", acrescentando que informará sobre os passos a tomar se tal ocorrer.
[Notícias atualizada às 15h52]
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