A tentativa de transportar clandestinamente 69 migrantes sírios para Chipre surge numa altura em que o Líbano passa por uma grave crise econômica e financeira que colocou mais pessoas em dificuldades e na pobreza.
Segundo adianta a AP, ocorreram tentativas, em 2020, de 'traficar' migrantes para Chipre, que faz parte da União Europeia, episódios durante os quais alguns dos migrantes foram mortos.
A ilha mediterrânea e o Líbano têm um acordo para impedir a chegada de barcos que transportem ilegalmente migrantes para Chipre.
O exército libanês precisou, em comunicado, que soldados e membros da inteligência do exército libanês frustraam a tentativa no distrito de Arida, no norte, perto da fronteira com a Síria.
Acrescenta o exército libanês que o contrabandista que tirou dinheiro dos migrantes para os levar para Chipre foi detido e está a ser interrogado pelas autoridades judiciárias.
No ano passado, vários navios repletos de migrantes navegaram para Chipre, causando alerme nas autoridades cipriotas que dizem que a ilha não aguenta mais migrantes que procuram asilo por razões económicas.
Chipre foi criticado pela "Human Rights Watch" em 2020 por alegadamente por forçar o retorno de 200 migrantes e refugiados que chegavam do Líbano a bordo de barcos, sem atender aos seus pedidos de asilo, utilizando em certos casos violência e táticas coercivas.
O Líbano, uma pequena nação de seis milhões de habitantes, incluindo um milhão de refugiados sírios, está a atravessar a pior crise econômica de sua história moderna.
A crise que foi agravada pela pandemia do coronavírus (covid-19) e por uma gigantesca explosão no porto de Beirute no ano passado, que deixou dezenas de milhares de pessoas desempregadas, enquanto a moeda local perdeu cerca de 90% de seu valor.
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