O Ministério da Saúde brasileiro notificou, esta terça-feira, mais 72.140 casos de infeção por novo coronavírus, uma subida em relação ao dia anterior (28.636), e mais 3.086 óbitos associados à doença Covid-19, também um crescimento em relação à véspera (1.139).
O número acumulado de casos confirmados no país, desde 26 de fevereiro de 2020, é agora de 14.441.563, segundo o site do Ministério da Saúde, dos quais 395.022 acabaram por morrer.
Sublinhe-se que, numa altura de grande pressão hospitalar, devido ao recrudescimento do número de casos no país, o Brasil assiste a números recorde de óbitos diários. Este mês de abril, até dia 27, a doença já causou 73.507 mortes, tendo ultrapassado o total do mês de março (66.869), que tinha sido anunciado como o pior mês desde o início da pandemia.
O Brasil já registou mais mortes associadas à Covid-19 nos primeiros quatro meses de 2021 do que em todo o ano de 2020.
Entre o total de casos positivos confirmados, mais de 12,9 milhões são considerados recuperados da doença, enquanto mais de 1 milhão permanece sob acompanhamento médico.
Ainda de acordo com as autoridades sanitárias, a incidência da doença é agora de 188 mortes e 6.872 casos por cada 100 mil habitantes.
São Paulo (2.856.225), Minas Gerais (1.330.018), Rio Grande do Sul (956.030), Paraná (934.663), Bahia (889.931) e Santa Catarina (878.215) são os estados brasileiros que totalizam maior número de infeções acumuladas.
Quanto aos números de óbitos, as unidades federativas mais impactadas são São Paulo (93.842), que atravessa o pior mês da pandemia em número de mortes, Rio de Janeiro (43.288), Minas Gerais (32.497), Rio Grande do Sul (24.458), Paraná (21.805) e Bahia (18.194).
O Brasil é o segundo país do mundo com mais mortes, sendo apenas superado pelos Estados Unidos (mais de 572 mil mortes), e o terceiro país do mundo com mais casos de infeção, sendo superado pelos Estados Unidos (mais de 32,1 milhões de casos) e pela Índia (mais de 17,9 milhões de casos).
13,96% da população brasileira já recebeu a primeira dose
No momento em que a vacinação contra a Covid-19 continua a avançar num ritmo lento no país, a tutela da Saúde brasileira emitiu uma nota técnica orientando que todas as grávidas e mulheres no período pós-parto sejam colocadas no grupo prioritário para receber o imunizante.
O Governo Federal frisou, porém, que primeiro devem ser vacinadas as grávidas com doenças pré-existentes.
A decisão de incluir estas mulheres no grupo prioritário baseou-se no entendimento de que grávidas e puérperas têm maior risco de hospitalização devido à covid-19.
Até segunda-feira, 13,96% da população brasileira já havia recebido a primeira dose de um dos imunizantes contra a Covid-19 usados no país e 6,20% a segunda dose, segundo dados levantados por um consórcio formado pela imprensa local.
Apesar de o Brasil enfrentar problemas na aquisição de vacinas, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) brasileira negou a importação do imunizante russo contra a covid-19 Sputnik V, apoiando a decisão na falta de dados e falhas de segurança.
A decisão foi hoje contestada pelo Fundo Russo de Investimento Direto (RDIF, na sigla em inglês), que argumentou que os comentários do órgão regulador brasileiro sobre a Sputnik V estavam "incorretos" e que a decisão teria "motivação política"
"A decisão da Anvisa de adiar a aprovação da Sputnik V é, infelizmente, de natureza política e nada tem a ver com o acesso do órgão regulador à informação ou à ciência. Em nossa opinião, essa decisão é consequência direta da pressão dos Estados Unidos", defenderam os criadores do antídoto, em comunicado.
Um dos problemas mais graves apontados pelo órgão regulador do Brasil foi a identificação em lotes da vacina de adenovírus, que podem replicar-se nas células humanas.
O adenovírus é usado como um vetor que leva o material genético do coronavírus ao indivíduo vacinado, mas deve estar inativo, sem capacidade de se replicar e causar a doença.
Leia Também: AO MINUTO: Fim da Emergência. Brasil com mais 3 mil mortes num dia