Uma escola privada em Miami, no estado norte-americano da Flórida, está a impedir os professores que foram vacinados contra a Covid-19 de entrar em contacto com os alunos, argumentando, contra todas as evidências científicas, que esses docentes representam um risco para a saúde.
Num comunicado enviado aos pais na segunda-feira, os responsáveis pela Centner Academy explicaram que o contacto com pessoas vacinadas pode prejudicar, em particular, os sistemas reprodutivos, a fertilidade e o desenvolvimento normal de mulheres e crianças, alegando que esta informação é "nova" e ainda não foi devidamente investigada.
No mesmo comunicado, a escola, detida por um casal ativista anti-vacinas, informou os pais sobre a nova política de não contratar quem já tenha sido imunizado contra o coronavírus.
Aos professores e funcionários que ainda não receberam a vacina, a escola desencorajou a toma do fármaco. Àqueles que já foram inoculados, a Centner Academy ordenou que compareçam na escola, mas separados dos cerca de 300 alunos do pré-escolar.
Os críticos consideram a iniciativa da Centner Academy um exemplo flagrante dos perigos da desinformação, numa altura em que os Estados Unidos lutam contra o tempo para imunizar a população contra a Covid-19.
Os reguladores de saúde dos EUA e a Organização Mundial da Saúde garantem que as três vacinas usadas atualmente nos Estados Unidos são seguras e eficazes.
Nenhum dos fármacos contra a Covid-19 foi associado à infertilidade, aborto espontâneo ou qualquer outra mudança negativa na saúde reprodutiva das mulheres.
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