A informação é adiantada pela France-Presse (AFP), que cita um oficial dos serviços de segurança, sob a condição de anonimato.
Segundo a EFE, os três mísseis do tipo Katiusha que atingiram a base de Al Balad não causaram baixas.
A base é o quartel-general de uma empresa de manutenção de caças F-16 dos Estados Unidos.
O chefe da base, general Diaa Mohsen confirmou o ataque em declarações à agência estatal iraquiana INA.
Segundo a INA, o atentado não causou "danos significativos" em Al Balad, uma das maiores bases aéreas do Iraque e alvo deste tipo de atentado em várias ocasiões.
Este é o segundo ataque em menos de 24 horas, depois de duas granadas de morteiro atingirem na noite de domingo o aeroporto de Bagdad, onde um contingente norte-americano está destacado, na sequência da coligação internacional contra o autodenominado Estado Islâmico do Iraque e da Síria (ISIS, na sigla inglesa).
Estes incidentes ocorrem na mesma altura em que Teerão está a tentar retomar o diálogo sobre o programa nuclear com Washington, o principal inimigo a par de Israel, e com Riade, o grande rival na região e que também partilha fronteiras com o Iraque.
O ataque não foi reivindicado imediatamente, mas dezenas de ações similares têm sido atribuídas por Washington aos grupos armados iraquianos a favor do Irão. Um dos engenhos foi intercetado pelos sistemas de defesa C-RAM, indicou à AFP um responsável dos serviços de segurança sob a condição de anonimato.
No total, e desde a chegada ao poder no final de janeiro do Presidente dos Estados Unidos da América, o democrata Joe Biden, cerca de 30 ataques visaram colunas logísticas iraquianas da coligação internacional contra os jihadistas liderada por Washington, bases com a presença de militares norte-americanos ou representações diplomáticas.
Dezenas de outros ataques também foram dirigidos contra norte-americanos, incluindo funcionários contratados, desde o outono de 2019 e durante a administração do republicano Donald Trump, com diversos mortos e feridos, à semelhança do que tem acontecido desde janeiro.
Em meados de abril, os ataques atingiram um novo patamar, quando pela primeira vez fações iraquianas a favor do Irão efetuaram um ataque com um drone suicida sobre uma base com militares norte-americanos no aeroporto de Ebril, o norte curdo do país.
Leia Também: Ataque com morteiros ao aeroporto de Bagdad onde estão tropas dos EUA