Marine Le Pen, líder da extrema-direita e antiga candidata à presidência de França, foi esta terça-feira absolvida em tribunal das acusações de violação das leis contra incitação ao ódio, por ter publicado, em dezembro de 2015, fotografias de execuções cometidas pelo proclamado Estado Islâmico (ISIS), noticia a Reuters.
A presidente do partido Frente Nacional - cujo nome foi agora alterado para Rassemblement National - publicou as imagens depois de alguns meios de comunicação franceses terem comparado o seu partido ao Daesh. Segundo a política, pretendia reforçar o absurdo da comparação, recusando as acusações de que foi alvo.
Recorde-se que, em dezembro de 2015, Le Pen publicou três fotos de execuções no Twitter com o comentário "Estado Islâmico é isto". Uma das imagens, que Le Pen removeu quase de imediato, era a do jornalista norte-americano James Foley e que "chocou profundamente" a família.
Em agosto de 2017, a Assembleia Nacional francesa retirou a imunidade parlamentar à líder partidária, na sequência deste caso. "A liberdade de expressão e de denúncia, que é consubstanciada no papel do deputado, morreu com esta decisão de baixa política", declarou a presidente, na altura.
"É melhor ser um 'jihadista' na Síria do que um deputado que denuncia as abjeções do Estado Islâmico", acrescentou.
Marine Le Pen, que as sondagens em França posicionam como provável adversária do presidente Emmanuel Macron nas eleições presidenciais de 2022, esteve em Lisboa em janeiro deste ano, para apoiar André Ventura, líder do Chega, durante a campanha eleitoral à Presidência da República.
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