O gabinete do primeiro-ministro, Hassan Diab, disse que 59 contentores com "materiais perigosos" foram retirados hoje do porto de Beirute.
Em fevereiro, o embaixador da Alemanha no Líbano, Andreas Kindl, tinha escrito na sua conta da rede social Twitter que o material fora tratado pela primeira vez no porto e que estava pronto para ser embarcado para a Alemanha.
Hoje, o diplomata disse que o navio que transportava o material químico já abandonou o porto de Beirute e chegará à cidade alemã de Wilhelmshaven dentro de 10 dias.
"Demorará semanas para destruir os produtos químicos que estão no porto de Beirute há décadas", explicou Kindl.
A decisão de remover o material químico ocorreu após a explosão de 04 de agosto de 2020 no porto de Beirute, uma das maiores explosões não nucleares da história.
Quase 3.000 toneladas de nitrato de amónio - um material altamente explosivo usado em fertilizantes - foram armazenados indevidamente no porto durante anos, o que terá estado por detrás da explosão que matou 211 pessoas e feriu mais de 6.000, devastando bairros da capital libanesa.
Em novembro, o Líbano assinou um acordo com a empresa alemã Combi Lift, para tratar e enviar para o exterior os contentores com produtos químicos inflamáveis.
O negócio vale quase três milhões de euros, pelos quais as autoridades portuárias do Líbano pagaram quase dois milhões, enquanto o Governo alemão cobre o restante.
Desde a explosão de agosto, e de um grande incêndio no porto semanas depois, as autoridades estão preocupadas com o material perigoso que ainda está nas instalações portuárias.
Um mês depois da explosão, o exército libanês disse que especialistas militares foram chamados para uma inspeção e encontraram 4,35 toneladas de nitrato de amónio que foram removidas e destruídas.
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