Beirute envia material químico do porto para destruição na Alemanha

Uma empresa alemã removeu produtos químicos armazenados em contentores do porto de Beirute, como parte dos esforços para proteger as instalações após a explosão do ano passado, informou hoje o Governo libanês.

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Lusa
05/05/2021 19:15 ‧ 05/05/2021 por Lusa

Mundo

Beirute

 

O gabinete do primeiro-ministro, Hassan Diab, disse que 59 contentores com "materiais perigosos" foram retirados hoje do porto de Beirute.

Em fevereiro, o embaixador da Alemanha no Líbano, Andreas Kindl, tinha escrito na sua conta da rede social Twitter que o material fora tratado pela primeira vez no porto e que estava pronto para ser embarcado para a Alemanha.

Hoje, o diplomata disse que o navio que transportava o material químico já abandonou o porto de Beirute e chegará à cidade alemã de Wilhelmshaven dentro de 10 dias.

"Demorará semanas para destruir os produtos químicos que estão no porto de Beirute há décadas", explicou Kindl.

A decisão de remover o material químico ocorreu após a explosão de 04 de agosto de 2020 no porto de Beirute, uma das maiores explosões não nucleares da história.

Quase 3.000 toneladas de nitrato de amónio - um material altamente explosivo usado em fertilizantes - foram armazenados indevidamente no porto durante anos, o que terá estado por detrás da explosão que matou 211 pessoas e feriu mais de 6.000, devastando bairros da capital libanesa.

Em novembro, o Líbano assinou um acordo com a empresa alemã Combi Lift, para tratar e enviar para o exterior os contentores com produtos químicos inflamáveis.

O negócio vale quase três milhões de euros, pelos quais as autoridades portuárias do Líbano pagaram quase dois milhões, enquanto o Governo alemão cobre o restante.

Desde a explosão de agosto, e de um grande incêndio no porto semanas depois, as autoridades estão preocupadas com o material perigoso que ainda está nas instalações portuárias.

Um mês depois da explosão, o exército libanês disse que especialistas militares foram chamados para uma inspeção e encontraram 4,35 toneladas de nitrato de amónio que foram removidas e destruídas.

Leia Também: Tropas libanesas travam imigração ilegal de dezenas de sírios para Chipre

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