Um tribunal em Tbilissi "ordenou que Melia seja libertado sob fiança", disse o seu advogado, Dito Sadzaglishvili, no âmbito de um recente acordo patrocinado por Bruxelas entre o partido no poder e a oposição.
A União Europeia pagou no sábado o equivalente a 9.550 euros "para permitir a libertação de Melia da prisão preventiva", como anunciou Bruxelas nesse dia, em comunicado, descrevendo o gesto como "um passo importante para acabar com a crise política na Geórgia".
Acusado de ter organizado "motins em massa" em 2019, o líder do Movimento Nacional Unido (MNU) foi preso em fevereiro durante uma operação policial nas instalações de movimento, onde estava entrincheirado.
A detenção do político georgiano agravou ainda mais a crise que abala o país desde as eleições legislativas de outubro de 2020, ganhas por Georgian Deram, mas denunciadas por fraude pela oposição, que desde então boicota o Parlamento.
A União Europeia propôs-se a mediar as negociações entre o partido no poder (Sonho Georgiano) e a oposição, e tinha conseguido um acordo em meados de abril, prevendo reformas judiciais e legislativas para maior transparência, mas o MNU condicionou o cumprimento do acordo à libertação de Melia.
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