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Jerusalém. Marcha nacionalista na Cidade Velha foi cancelada

A marcha de milhares de jovens israelitas prevista para hoje na Cidade Velha para celebrar o "Dia de Jerusalém" foi anulada devido aos confrontos ocorridos de manhã, indicaram os organizadores.

Jerusalém. Marcha nacionalista na Cidade Velha foi cancelada
Notícias ao Minuto

16:39 - 10/05/21 por Lusa

Mundo Jerusalém

"A marcha para a 'dança das bandeiras' foi cancelada. Não vamos dançar numa Jerusalém dividida", indicou a organização Am Kalavi, que todos os anos organiza um desfile na Cidade Velha para celebrar a conquista de Jerusalém Oriental pelas forças israelitas em 1967.

A polícia israelita já tinha alterado hoje o percurso da marcha controversa de ultranacionalistas judeus, numa aparente tentativa de evitar confrontos com manifestantes palestinianos.

Mais de 300 pessoas ficaram hoje feridas em confrontos na Cidade Velha de Jerusalém entre manifestantes palestinianos e a polícia de Israel, nomeadamente na Esplanadas das Mesquitas, o terceiro lugar sagrado do islão, que os israelitas denominam Monte do Templo, junto ao Muro das Lamentações, o principal lugar santo dos judeus.

A Cidade Velha situa-se em Jerusalém Oriental, que o Estado hebreu anexou, depois de ocupar. Israel considera que toda a cidade é a sua capital "indivisível" e os palestinianos anseiam fazer da zona oriental a capital do Estado a que aspiram.

Um organizador da marcha disse à rádio militar que eram esperadas "entre 50.000 e 80.000 pessoas" que deviam desfilar com bandeiras israelitas em algumas das zonas mais tensas da cidade, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.

Confrontos violentos, os piores há anos, opõem há uma semana manifestantes palestinianos e polícia israelita.

Nas últimas semanas a tensão tem vindo a aumentar num contexto da celebração do mês islâmico sagrado do Ramadão com a polícia israelita a tentar restringir concentrações de palestinianos, o que também acontece numa altura em que famílias palestinianas do bairro de Cheikh Jarrah, em Jerusalém Oriental, são ameaçadas de expulsão por Israel.

O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, qualificou hoje os últimos confrontos em Jerusalém de "ataque brutal" da polícia israelita, à qual o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, expressou o seu apoio.

Abbas considerou os confrontos de hoje "um ataque brutal das forças de ocupação israelitas contra os fiéis", enquanto Benjamin Netanyahu saudou a "firmeza" das forças de segurança para garantir a "estabilidade" em Jerusalém. "Apoiamo-los nesta luta justa", disse.

Da parte da comunidade internacional multiplicam-se os apelos à contenção.

Leia Também: Jerusalém: Abbas condena "ataque brutal" e Netanyahu apoia polícia

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