Nove países da Europa Central e de Leste condenam "ações" da Rússia
Os dirigentes de nove países da Europa Central e de Leste denunciaram hoje as "ações agressivas" de Moscovo em relação à Ucrânia, bem como os "atos de sabotagem" que visaram, no passado, a República Checa e atribuídos à Rússia.
© Reuters
Mundo Tensão
Reunidos hoje através de uma videoconferência a partir de Bucareste, Bulgária, Eslováquia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Polónia, Roménia e República Checa (grupo já conhecido por "B9" e que tem realizado cimeiras anuais) teceram críticas à atuação da Rússia, nomeadamente na área militar.
"As ações agressivas da Rússia e o reforço da sua capacidade militar nas imediações da NATO [Organização do Tratado do Atlântico Norte], incluindo a recente escalada no mar Negro, nas fronteiras da Ucrânia e na Crimeia anexada ilegalmente, continuam a ameaçar a segurança do euro-atlântica", indicaram os nove chefes de Estado numa declaração conjunta aprovada no final da cimeira.
Os participantes, a que se juntaram, 'online', o Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, "condenaram os atos de sabotagem perpetrados pela Rússia em território da Aliança", numa alusão à explosão, em 2014, de um depósito de munições na República Checa, que causou a morte a duas pessoas.
Os líderes do "B9" também expressaram "preocupação" pelo "comportamento semelhante" da Rússia na Bulgária, referindo-se a uma investigação feita por promotores búlgaros visando quatro explosões ocorridas entre 2011 e 2020 em depósitos de munições.
Em abril, depois de vários países da Europa Central e Oriental terem expulsado diplomatas russos em solidariedade com a República Checa, Moscovo considerou "absurdas" as acusações de Praga e, por seu lado, retaliou na mesma medida.
O Presidente romeno, Klaus Iohannis, anfitrião da cimeira, ladeado pelo homólogo polaco, Andrzej Duda, disse, por seu lado, ter "pedido o fortalecimento da presença militar aliada, incluindo os Estados Unidos, na Roménia e no sul do flanco oriental" da NATO.
A cimeira anual do "B9" decorreu um mês antes da cimeira da NATO, marcada para 14 de junho em Bruxelas, na presença de Joe Biden.
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