Justiça sul-africana adia caso de corrupção pública no funeral de Mandela
Um tribunal sul-africano adiou para 28 de julho o caso de fraude e corrupção pública de 10 milhões de rands (cerca de 583.000 euros) relacionado com o funeral do antigo presidente Nelson Mandela.
© Reuters
Mundo Nelson Mandela
O Ministério Público sul-africano indicou que os 12 acusados, membros do Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês), partido no poder na África do Sul desde 1994, compareceram hoje no Tribunal da Magistratura de East London por fraude, corrupção, lavagem de dinheiro e violação da Lei de Gestão das Finanças Municipais na província do Cabo Oriental.
O porta-voz do Ministério Público adiantou que os acusados foram instruídos a comparecer novamente em tribunal em 28 de julho.
"Espera-se que o caso, seja depois transferido para o Tribunal Superior para julgamento", referiu o porta-voz, Sipho Ngwema.
O caso, que decorre desde 2014 na justiça sul-africana, envolve altos quadros políticos do partido no poder, no governo provincial do Cabo Oriental, sudeste do país, incluindo a antiga ministra da Saúde Sindiswa Gomba, a autarca de Buffalo City, Zukiswa Ncitha, e vários empresários, que se encontram em liberdade condicional.
Os membros do ANC são acusados de defraudar o município de Buffalo City em 10 milhões de rands (583.077 euros) durante os preparativos para o funeral do ex-presidente Nelson Mandela no Cabo Oriental, segundo o Ministério Público sul-africano.
As alegações de fraude e corrupção pública surgiram em 2014, após o funeral de Mandela na sua aldeia natal em Qunu, Cabo Oriental, em dezembro de 2013, que contou com a presença de chefes de Estado de todo o mundo.
O antigo presidente Nelson Mandela foi o primeiro líder negro do país após o fim do regime do 'apartheid' em 1994.
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