"No nosso país deve haver tolerância zero para ataques às sinagogas. Todos nós temos que deixar claro que os judeus da Alemanha não podem ser responsabilizados pelo que acontece no Médio Oriente", disse Heiko Maas numa entrevista ao grupo de notícias Funke.
O ministro alemão, do Partido Social-Democrata (SPD), também afirmou que "a segurança dos templos judeus deve ser absolutamente garantida" pelo Estado alemão.
Desde a última quarta-feira, ocorreram ataques contra sinagogas em várias partes da Alemanha e uma bandeira israelita foi queimada e pendurada em frente a um templo judeu no oeste do país.
A polícia impediu na quarta-feira marchas contra Israel convocadas espontaneamente em duas cidades do país. Em Berlim, os dispositivos de vigilância em torno das sinagogas foram reforçados.
A União Democrata-Cristã (CDU), partido da chanceler Angela Merkel, investiga o desaparecimento de uma bandeira israelita da sua sede em Berlim, que foi hasteada na quarta-feira pelo secretário-geral, Paul Ziemiak, como forma de solidariedade.
O porta-voz do Governo, Steffen Seibert, já na quarta-feira expressou o seu total apoio a Israel, assim como condenou duramente os ataques antissemitas registados nos últimos dias.
A polícia alemã está a investigar esses atos, supostamente relacionados com a escalada da violência entre o exército israelita e as milícias islâmicas do Hamas e da Jihad Islâmica.
Estima-se que nos últimos quatro dias cerca de 1.600 mísseis foram lançados contra Israel da Faixa de Gaza, 90% dos quais foram intercetados pelo escudo defensivo israelita. Israel ripostou e realizou bombardeamentos sobre a Faixa de Gaza.
Pelo menos 83 palestinianos e sete israelitas morreram até ao momento devido a esse atual conflito, o mais violento nos últimos anos.
Leia Também: Hamas dá conta de mais de 80 palestinianos mortos em ataques israelitas