Aviões israelitas lançam novos (e mais fortes) ataques em Gaza

O exército israelita voltou a fazer dezenas de ataques na Faixa de Gaza na noite de domingo, segundo testemunhas no enclave palestiniano, enquanto grupos armados disparavam foguetes contra Israel. Últimas horas registaram os ataques mais fortes de Israel contra Gaza.

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Lusa
17/05/2021 06:39 ‧ 17/05/2021 por Lusa

Mundo

Médio Oriente

 

Dezenas de mísseis caíram em diferentes partes do enclave palestiniano, segundo testemunharam repórteres das agências noticiosas internacionais.

Numa breve declaração, a Força Aérea Israelita disse que os seus "aviões de combate" estavam a atingir "alvos terroristas" em Gaza.

De acordo com a agência Associated Press, várias explosões abalaram a cidade de norte para sul durante cerca de 10 minutos na noite de domingo.

A mesma fonte adianta que os ataques foram mais intensos do que a série de raides aéreos ocorridos 24 horas antes. Entretanto, os militares israelitas anunciaram que os últimos ataques aéreos contra a Faixa de Gaza destruíram mais de 15 quilómetros de túneis que faziam ligações com casas de nove comandantes do Hamas.

No domingo, ataques aéreos israelitas à cidade de Gaza destruíram três edifícios e mataram pelo menos 42 pessoas, segundo médicos palestinianos, naquele que foi o ataque mais mortífero da mais recente escalada de violência no Médio Oriente.

Apesar do balanço de vítimas e dos esforços internacionais de mediação para um cessar-fogo, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, assegurou que a quarta guerra com o Hamas, que governa em Gaza, irá continuar.

O Hamas também prosseguiu, lançando foguetes a partir de áreas civis em Gaza em direção a áreas civis em Israel.

Um deles atingiu uma sinagoga na cidade meridional de Ashkelon horas antes dos serviços noturnos para o feriado judeu de Shavuot, disseram os serviços de emergência israelitas.

Não foram relatados quaisquer feridos.

As hostilidades entre as duas partes escalaram repetidamente durante a última semana, marcando os piores combates no território, que alberga dois milhões de palestinianos, desde a guerra de 2014 entre Israel e o Hamas.

A mais recente onda de violência começou em Jerusalém Oriental no mês passado, quando palestinianos entraram em confrontos com a polícia em resposta às operações policiais israelitas durante o Ramadão e à ameaça de despejo de dezenas de famílias palestinianas por colonos judeus.

Um dos focos dos confrontos foi a Mesquita Al-Aqsa, um ponto de tensão frequente localizado no topo de uma colina, venerada tanto por muçulmanos como por judeus.

O Hamas começou a disparar foguetes contra Jerusalém na segunda-feira, desencadeando o assalto israelita a Gaza.

Pelo menos 188 palestinianos foram mortos nas centenas de ataques aéreos em Gaza, incluindo 55 crianças e 33 mulheres, e 1.230 pessoas ficaram feridas.

Oito pessoas em Israel foram mortas em alguns dos 3.100 ataques com foguetes lançados a partir de Gaza, incluindo um rapaz de 5 anos e um soldado.

O Hamas e a 'Jihad Islâmica' reconheceram que 20 combatentes foram mortos. Israel diz que o número real é muito superior e divulgou os nomes e fotos de 24 alegados operacionais que diz terem sido "eliminados".

O ataque deslocou cerca de 34.000 palestinianos das suas casas, segundo disse hoje o enviado ao Médio Oriente das Nações Unidas, Tor Wennesland, numa reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

 

Leia Também: Gaza. Ataques israelitas fazem pelo menos 42 mortos e mais de 50 feridos

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