Dezenas de mísseis caíram em diferentes partes do enclave palestiniano, segundo testemunharam repórteres das agências noticiosas internacionais.
Numa breve declaração, a Força Aérea Israelita disse que os seus "aviões de combate" estavam a atingir "alvos terroristas" em Gaza.
De acordo com a agência Associated Press, várias explosões abalaram a cidade de norte para sul durante cerca de 10 minutos na noite de domingo.
A mesma fonte adianta que os ataques foram mais intensos do que a série de raides aéreos ocorridos 24 horas antes. Entretanto, os militares israelitas anunciaram que os últimos ataques aéreos contra a Faixa de Gaza destruíram mais de 15 quilómetros de túneis que faziam ligações com casas de nove comandantes do Hamas.
No domingo, ataques aéreos israelitas à cidade de Gaza destruíram três edifícios e mataram pelo menos 42 pessoas, segundo médicos palestinianos, naquele que foi o ataque mais mortífero da mais recente escalada de violência no Médio Oriente.
Apesar do balanço de vítimas e dos esforços internacionais de mediação para um cessar-fogo, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, assegurou que a quarta guerra com o Hamas, que governa em Gaza, irá continuar.
O Hamas também prosseguiu, lançando foguetes a partir de áreas civis em Gaza em direção a áreas civis em Israel.
Um deles atingiu uma sinagoga na cidade meridional de Ashkelon horas antes dos serviços noturnos para o feriado judeu de Shavuot, disseram os serviços de emergência israelitas.
Não foram relatados quaisquer feridos.
As hostilidades entre as duas partes escalaram repetidamente durante a última semana, marcando os piores combates no território, que alberga dois milhões de palestinianos, desde a guerra de 2014 entre Israel e o Hamas.
A mais recente onda de violência começou em Jerusalém Oriental no mês passado, quando palestinianos entraram em confrontos com a polícia em resposta às operações policiais israelitas durante o Ramadão e à ameaça de despejo de dezenas de famílias palestinianas por colonos judeus.
Um dos focos dos confrontos foi a Mesquita Al-Aqsa, um ponto de tensão frequente localizado no topo de uma colina, venerada tanto por muçulmanos como por judeus.
O Hamas começou a disparar foguetes contra Jerusalém na segunda-feira, desencadeando o assalto israelita a Gaza.
Pelo menos 188 palestinianos foram mortos nas centenas de ataques aéreos em Gaza, incluindo 55 crianças e 33 mulheres, e 1.230 pessoas ficaram feridas.
Oito pessoas em Israel foram mortas em alguns dos 3.100 ataques com foguetes lançados a partir de Gaza, incluindo um rapaz de 5 anos e um soldado.
O Hamas e a 'Jihad Islâmica' reconheceram que 20 combatentes foram mortos. Israel diz que o número real é muito superior e divulgou os nomes e fotos de 24 alegados operacionais que diz terem sido "eliminados".
O ataque deslocou cerca de 34.000 palestinianos das suas casas, segundo disse hoje o enviado ao Médio Oriente das Nações Unidas, Tor Wennesland, numa reunião de emergência do Conselho de Segurança das Nações Unidas.
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