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Médio Oriente: Blinken pede ao Congresso ajuda financeira para Palestina
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, anunciou hoje que vai pedir ao Congresso a disponibilização de 61 milhões de euros para os palestinianos e a reabertura do Consulado dos Estados Unidos em Jerusalém.
© Getty Images
Mundo Médio Oriente
Durante uma conferência de imprensa na sede da Autoridade da Palestina na Cisjordânia ocupada, em Ramallah, Blinken disse que pediu, além desta ajuda destinada ao desenvolvimento económico, 5,5 milhões de dólares (4,4 milhões de euros) para ajuda urgente à Faixa de Gaza - devastada por 11 dias de guerra entre o movimento islâmico Hamas e as forças de Israel - e 32 milhões de dólares (26 milhões de euros) para a agência da ONU para Refugiados da Palestina (Unrwa).
O chefe da diplomacia norte-americana mostrou-se empenhado em restaurar os laços com a Palestina e anunciou a reabertura do Consulado Geral dos EUA em Jerusalém, que durante muito tempo serviu como escritório autónomo encarregado das relações diplomáticas entre o Governo dos Estados Unidos e os palestinianos.
Essa função desapareceu durante o mandato do ex-Presidente Donald Trump, que colocou o Consulado sob a autoridade do embaixador dos EUA em Jerusalém, provocando a ira das autoridades palestinianas, mas o novo Governo de Joe Biden vai agora reativar o anterior modelo.
O anúncio aconteceu após uma reunião de Blinken com o Presidente da Palestina, Mahmoud Abbas, em Ramallah, na Cisjordânia ocupada, onde o secretário de Estado norte-americano transmitiu a mensagem de vontade de aproximação.
"Como eu disse ao Presidente, estou aqui para sublinhar o compromisso dos Estados Unidos para reconstruir o relacionamento com a Autoridade da Palestina e com o povo palestiniano. Um relacionamento construído sobre o respeito mútuo", explicou Blinken, acrescentando que "os Estados Unidos trabalharão para angariar apoio internacional" em torno do esforço de reconstrução da Faixa de Gaza, profundamente atingida pelos ataques aéreos de Israel, nas últimas semanas.
Contudo, o secretário de Estado norte-americano deixou claro que esse apoio será dado garantindo que o movimento Hamas não beneficia dele, na assistência à reconstrução do enclave palestiniano.
"Acreditamos que palestinianos e israelitas merecem, de igual forma, viver com segurança e proteção, desfrutar de medidas iguais de liberdade, oportunidade e democracia, ser tratados com dignidade", disse Blinken, durante a conferência de imprensa em Ramallah.
Leia Também: Blinken quer evitar que ajuda a Gaza beneficie Hamas
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