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Tikhanovskaya pede a UE pressão sobre Lukashenko além do caso do avião
A líder da oposição da Bielorrússia, Svetlana Tikhanovskaya, pediu hoje à União Europeia (UE) que a pressão da comunidade internacional contra o regime no seu país não se limite "ao incidente do voo da Ryanair".
© JOE KLAMAR/AFP via Getty Images
Mundo Svetlana Tikhanovskaya
No domingo, um avião daquela companhia aérea irlandesa, que fazia a rota Atenas-Vílnius, foi desviado para Minsk devido a uma alegada suspeita de bomba e o opositor bielorrusso Roman Protasevich, que se encontrava a bordo, foi detido logo que o aparelho aterrou. A situação, descrita por alguns como "terrorismo de Estado", foi muito criticada por numerosos países.
"Peço ao Parlamento Europeu que garanta que a reação da comunidade internacional não se limite ao incidente do voo da Ryanair", disse Tikhanovskaya numa intervenção por vídeo perante os eurodeputados, dois dias depois de os 27 terem aprovado novas sanções contra o regime bielorrusso, incluindo a proibição das companhias bielorrussas voarem para a UE.
"A resposta deve enfrentar o conjunto da situação na Bielorrússia, porque, de contrário, voltaremos a viver estes casos no futuro, já que [o Presidente bielorrusso, Alexander] Lukashenko está a tornar-se a Coreia do Norte da Europa", disse a dirigente da oposição.
Tikhanovskaya, a quem o Parlamento Europeu atribuiu no ano passado o prémio Sakharov para a Liberdade de Pensamento, lamentou que "a estratégia anterior da UE de manter uma postura passiva em relação ao regime bielorrusso não tenha funcionado".
Nesse sentido, pediu expressamente à presidente da Comissão Europeia, Ursula Von der Leyen, para colaborar com ela na criação de "um plano de apoio abrangente para democratizar a Bielorrússia", segundo a agência noticiosa espanhola Efe.
"Devemos fazê-lo conjuntamente, a presidente Von der Leyen e eu, para enviar uma mensagem clara aos cidadãos bielorrussos, de que a Europa se interessa pelo futuro da Bielorrússia", disse Tikhanovskaya, que se encontra exilada na Lituânia.
Perante um vasto movimento de protesto contra a sua reeleição, em agosto de 2020, o Presidente Lukashenko orquestrou uma campanha de repressão contra a oposição e os meios de comunicação independentes do país.
Leia Também: Svetlana Tikhanovskaya diz que opositor detido "está a ser torturado"
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