Médio Oriente: Blinken reúne-se com Al-Sisi e reforça planos de paz
O secretário de Estado norte-americano, Antony Blinken, encontrou-se hoje com o presidente egípcio, Abdel Fattah al-Sisi, reafirmando a vontade comum de preservar o cessar-fogo entre Israel e o movimento Hamas da Palestina.
© Lusa
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Após ter estado reunido com as autoridades palestinianas, na terça-feira, e antes de partir para a Jordânia, hoje à tarde, Blinken falou durante cerca de 100 minutos com o Presidente do Egito e na presença do ministro dos Negócios Estrangeiros, Sameh Chouckri, e com o chefe dos serviços de informações, Abbas Kamel.
Ainda hoje de manhã, antes de partir para o Egito, o chefe da diplomacia norte-americana encontrou-se com o Presidente israelita, Reuven Rivlin, a quem saudou de seguida, através da sua conta na rede social Twitter, pela forma como tem promovido "a coexistência, a tolerância e a paz".
Num comunicado oficial, Blinken confirmou hoje que os Estados Unidos vão fornecer uma ajuda de mais de 360 milhões de dólares (cerca de 290 milhões de euros) aos palestinianos, num sinal de cooperação com o esforço de recuperação da Faixa de Gaza, duramente atingida pelos bombardeamentos israelitas dos últimos 15 dias.
Blinken, contudo, garantiu que a ajuda não deve favorecer o movimento islâmico Hamas, "que só trouxe miséria e desespero a Gaza".
O líder do Hamas, Yehiyeh Sinwar, já reagiu hoje a este anúncio do secretário de Estado norte-americano dizendo que o seu movimento fica agradado com a notícia de ajuda humanitária internacional para a reconstrução do enclave palestiniano, desde que ela não venha de Israel.
Sinwar, que tem laços estreitos com o braço armado do movimento, disse que o Hamas recebe assistência militar de fontes externas, lideradas pelo arqui-inimigo de Israel, o Irão.
"Quando eu disse que não aceitamos dinheiro destinado à ajuda, é porque temos fontes de recursos confortáveis para pagar as nossas atividades", explicou Sinwar, que criticou Blinken por tentar fortalecer a Autoridade Palestiniana à custa do Hamas.
A Autoridade Palestiniana, liderada pelo presidente Mahmud Abbas da Fatah, governa sobre zonas limitadas da Cisjordânia e não tem controlo sobre Gaza, onde o Hamas ocupou o poder em 2007, iniciando uma cisão entre fações palestinianas que dura até hoje.
"Eles (norte-americanos) estão a tentar colocar mais lenha na fogueira da divisão palestiniana", concluiu Sinwar.
O secretário dos Negócios Estrangeiros britânico, Dominic Raab, também esteve hoje em Israel, aproveitando o impulso da visita de Blinken.
Ecoando a mensagem do chefe da diplomacia norte-americana, Raab disse que o Reino Unido apoia o direito de Israel de se defender contra os disparos de foguetes do Hamas e tentará impedir que o dinheiro da ajuda para a reconstrução de Gaza chegue ao Hamas, prometendo também ajudar a Palestina a ser parte da solução no conflito.
"Queremos apoiar Israel, mas também queremos que os palestinianos encontrem um caminho para uma paz duradoura", acrescentou Raab.
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