Durante uma visita à vizinha Lituânia, o líder dos RSF, Christophe Deloire, explicou que se deslocou a Vílnius como "sinal de apoio aos jornalistas bielorrussos".
Deloire falou após uma reunião com procuradores da Lituânia, que anunciaram ter aberto uma investigação ao sequestro por parte da Bielorrússia de um avião da Ryanair, no domingo, durante um voo sobre o espaço aéreo lituano.
Deloire apresentou uma queixa na Lituânia contra o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, em nome dos RSF, com sede em Paris, pela detenção do jornalista opositor do regime Roman Protasevich e da sua namorada, Sofia Sapega, quando o aparelho da Ryanair foi forçado a aterrar em Minsk.
"É importante continuar a mobilização, para aferir os meios de apoiar, de forma concreta, os jornalistas bielorrussos, que hoje se encontram numa situação terrível", disse Deloire.
"Se queremos obter resultados - obter a libertação do jornalista agora detido, obter o fim da repressão de jornalistas e de forma mais geral da sociedade civil na Bielorrússia -- teremos de fazer pressão política. Tem de haver sanções económicas. Tem de haver ação legal", defendeu o presidente dos RSF.
Deloire defendeu que é necessário que "aqueles que contribuíram para este ato sejam um dia condenados, sejam confrontados com as suas responsabilidades legais. Incluindo o Presidente bielorrusso, Lukashenko", concluiu Deloire.
A RSF classificou a Bielorrússia em 158º lugar entre 180 no 'ranking' mundial de liberdade de imprensa em 2021, onde a Rússia aparece em 150º e a Lituânia em 28º lugares.
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