A criança, de cinco anos, encontra-se internada num hospital de Turim em estado grave desde a queda da cabine na cidade de Stresa, perto do topo do Monte Mottarone (cerca de 1.500 metros), que matou os outros 14 passageiros, incluindo os seus pais, o irmão de dois anos e bisavós.
"Eitan está agora acordado e consciente na ala de reanimação, a falar com a sua tia", disse um porta-voz do hospital Regina Margherita, em Turim.
"De um ponto de vista clínico, [Eitan] encontra-se ainda em estado crítico devido a traumas no abdómen e no peito, e várias fraturas", sublinhou o porta-voz, que concluiu por dizer que Eitan será transferido para uma enfermaria de longa permanência, assim que tiver alta dos cuidados intensivos.
Na quarta-feira, três funcionários da empresa que dirigia o teleférico foram presos por desativar deliberadamente o sistema de travagem de emergência, que deveria ter bloqueado a cabina quando o cabo partiu.
Os três detidao são Luigi Nerini, o chefe da empresa "Ferrovie del Mottarone" que gere o teleférico, Gabriele Tadini, o diretor da instalação, e Enrico Perocchio, o diretor operacional do teleférico construído em 1970.
A presidente da Câmara de Stresa, Marcella Severino, disse ao jornal Il Messaggero que a tia de Eitan estava a tomar conta dele e assegurou que o rapaz "está em boas mãos".
O acidente causou 13 mortes no impacto, enquanto Eitan e outra criança foram levados para o hospital, sendo que esta última morreu, mais tarde, devido aos ferimentos que sofreu.
O ministro dos Transportes, Enrico Giovannini, mencionou as circunstâncias do acidente hoje, numa audiência parlamentar, e explicou que a cabine do teleférico atingiu um poste, antes de cair no chão.
O primeiro-ministro de Itália, Mario Draghi, deu conta num comunicado da sua "dor profunda".
O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, também já expressou, através da rede social Twitter, as suas "mais sinceras condolências às famílias e amigos que perderam um ente querido neste trágico acidente".
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