A França "partilha a prioridade absoluta acordada pela CEDEAO à organização das eleições presidenciais a 27 de fevereiro de 2022", disse o chefe diplomático francês, Jean-Yves Le Drian, através de uma declaração, na qual repete a sua "firme condenação" do golpe de Estado do coronel Assimi Goïta.
Os 15 países membros da CEDEAO decidiram no domingo suspender o Mali da sua organização, após um segundo golpe sob a liderança do coronel Assimi Goïta, em nove meses.
Exigiram a nomeação "imediata" de um "novo" primeiro-ministro da sociedade civil. No entanto, não pediram a reintegração do antigo Presidente Bah Nbaw e do primeiro-ministro Moctar Ouane.
Reafirmaram também a necessidade de a transição aberta após o primeiro golpe de Estado, em agosto de 2020, ser limitada a 18 meses, com eleições gerais, tal como previsto para fevereiro de 2022.
A França "apoia o estabelecimento pela CEDEAO de um mecanismo para controlar o cumprimento do período de transição", observou o ministro dos Negócios Estrangeiros francês.
"O respeito por estes parâmetros, verificado pela CEDEAO, é a condição para manter o compromisso dos parceiros do Mali e apoiar a transição", acrescentou.
Paris tinha ameaçado, a 25 de maio, tomar "sanções específicas" contra os militares envolvidos neste "golpe dentro de um golpe", se a transição não retomasse imediatamente o seu "curso normal".
Ainda no domingo, o Presidente Emmanuel Macron disse que a França retiraria as suas tropas do Mali se já não houvesse "legitimidade democrática ou transição" no país e se Bamako fosse "na direção" do islamismo radical.
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