Malásia denuncia intrusão de aviões chineses no seu espaço aéreo
As forças armadas da Malásia mobilizaram aviões para intercetar 16 aeronaves militares chinesas que entraram no seu espaço aéreo, numa manobra classificada de "ameaça grave à soberania nacional e à segurança de voo", informaram hoje fontes oficiais.
© Reuters
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Num comunicado, o comandante-geral da força aérea, Ackbal Abdul Samad, assinalou que na segunda-feira teve de ser mobilizada parte da frota para obter confirmação visual após aviões chineses terem sido vistos a aproximarem-se, a uma distância de 60 milhas náuticas do estado de Sarawak, na ilha de Bornéu, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.
Os aviões chineses voavam "em formação tática", quando foram detetados a uma altura entre 7.000 e 8.000 metros a uma velocidade de 290 nós (537 quilómetros por hora) sem terem contactado os controladores aéreos.
"O incidente é uma ameaça grave à soberania nacional e à segurança de voo devido à densidade do tráfego aéreo na zona", indicou o responsável da força aérea, citado pela EFE.
O Governo malaio indicou o ano passado num relatório que navios chineses entraram nas águas sob a sua jurisdição 89 vezes entre 2016 e 2019.
A Malásia também apresentou à ONU no ano passado um protesto contra as ambições territoriais de Pequim no mar do Sul da China, águas que os chineses disputam ainda ao Brunei, às Filipinas, ao Vietname e a Taiwan.
A tensão tem vindo a aumentar nos últimos anos no mar do Sul da China, zona estratégica para as rotas comerciais entre a Ásia Oriental e o oceano Índico, rica em recursos naturais, como gás, petróleo e pesca.
Pequim reclama quase todo aquele espaço marítimo e construiu instalações militares em várias ilhotas na zona.
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