Spahn disse que a escolha da Síria, que foi confirmada sem debate ou dissidência numa reunião com países-membros da Organização Mundial de Saúde (OMS), em Genebra, refletiu a necessidade de trabalhar com alguns Governos em benefício do seu povo, especialmente em questões de saúde.
"Estou tudo menos feliz com esta decisão", disse Spahn, quando questionado sobre o tema na conferência de imprensa.
No entanto, explicou que a cooperação internacional entre Estados soberanos é necessária: "São as imperfeições da 'realpolitik'".
"Especialmente quando se trata de questões de saúde e da saúde da população, a questão é sempre: Quem é que estamos a punir se não tornarmos possível a cooperação? Estamos a punir o regime ou a população?".
Dezenas de trabalhadores médicos no noroeste da Síria, zona controlada pelos rebeldes, manifestaram-se na segunda-feira contra a decisão de conceder o lugar ao Governo do Presidente sírio, Bashar al-Assad, acusando-o de ser responsável pelo bombardeamento de hospitais e clínicas em todo o país, devastado pela guerra.
A Síria foi um dos 12 países membros da OMS escolhidos para propor novos membros para o conselho executivo de 34 membros, que é em grande parte um grupo técnico cujo papel é levar a cabo as decisões e aconselhar a assembleia.
A guerra da Síria fez quase 500 mil mortes e obrigou milhões de pessoas a sair do país desde que começou, em 2011.
Leia Também: Alemanha investiga possível fraude com testes ao novo coronavírus