China diz que aviões ao largo da Malásia são "exercício de rotina"

A China contestou hoje os protestos da Malásia, após uma incursão de 16 aviões militares chineses ao largo do país do sudeste asiático, afirmando que se tratou de um "exercício de rotina".

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Lusa
02/06/2021 11:21 ‧ 02/06/2021 por Lusa

Mundo

China

A Malásia enviou caças na segunda-feira para intercetar aviões de transporte militar chineses, que surgiram na ilha de Bornéu, sobre uma porção do Mar do Sul da China que os dois países reivindicam.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Malásia, Hishammuddin Hussein, designou o exercício como "intrusão" e afirmou que o seu país protestará oficialmente e convocará o embaixador chinês na Malásia.

Um porta-voz da embaixada chinesa em Kuala Lumpur disse que as "atividades fizeram parte de um exercício de rotina para a Força Aérea chinesa e não tiveram como alvo nenhum país".

"De acordo com o direito internacional, os aviões militares chineses podem desfrutar de liberdade de voo" nesta área, argumentou.

Os aviões chineses não entraram no espaço aéreo de um terceiro país, segundo o porta-voz.

Os aviões voaram cerca de 110 quilómetros ao largo da costa de Bornéu e não responderam às tentativas de contacto, o que levou a Malásia a enviar os seus caças, segundo a Força Aérea daquele país.

Os aviões chineses deram meia-volta antes de entrarem no espaço aéreo da Malásia.

O ministro dos Negócios Estrangeiros da Malásia disse que a aeronave sobrevoou a Zona Económica Exclusiva do país (ZEE) e descreveu o incidente como "um ataque ao espaço aéreo e à soberania da Malásia".

A China reivindica praticamente todo o Mar do Sul da China e construiu postos militares em pequenas ilhas e atóis na região, apesar dos protestos dos países vizinhos.

Embora as relações entre a China e a Malásia sejam geralmente cordiais, o incidente de segunda-feira ocorreu após o aumento das tensões sobre questões marítimas.

Vietname, Filipinas, Brunei e Taiwan também possuem reivindicações no Mar do Sul da China.

Os Estados Unidos têm também enviado embarcações militares para a região para defender o que designam de liberdade de navegação.

Leia Também: Malásia vai chamar embaixador da China devido "a intrusão" de aviões

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