Presidente argelino visita líder da Frente Polisário no hospital militar
O Presidente da Argélia, Abdelmadjid Tebboun, visitou hoje o líder da Frente Polisário, Brahim Ghali, no hospital militar Ain Naadja, em Argel, e agradeceu a Espanha pela hospitalização do líder saarauí.
© Reuters
Mundo Argel
A página oficial da Presidência argelina publicou vídeos com Tebboun a chegar ao hospital acompanhado pelo chefe do exército, Said Chengrihaal, para visitar o Presidente da autoproclamada República Árabe Saarauí Democrática (RASD).
Tebboun perguntou sobre o estado de saúde do presidente saarauí, e elogiou o facto de Ghali "ter comparecido perante a justiça espanhola".
"Mostraste que a RASD é uma república de direito e cumpre sempre a lei", reconheceu Tebboun ao líder da Frente Polisário, movimento que luta pela independência do Saara Ocidental.
"Somos militantes em qualquer lugar e em qualquer condição", respondeu Ghali, antes de acrescentar que o seu estado de saúde "está a melhorar" e que está "em boa condição psicológica e física".
Ghali chegou hoje à capital argelina depois de ter tido alta do hospital espanhol, uma vez que os médicos consideraram que a sua hospitalização já não era necessária, indicou o embaixador saarauí na Argélia, Abdelkader Taleb Omar.
A presença de Ghali em Espanha enfureceu Marrocos e desencadeou uma crise diplomática entre os dois países e, tudo indica, levou Rabat a provocar a chegada de milhares de migrantes ilegais - muitos deles crianças não acompanhadas - ao enclave espanhol no norte de África de Ceuta, que faz fronteira com Marrocos.
Segundo fontes diplomáticas, Ghali deixou a cidade espanhola de Pamplona num avião civil facultado pela Argélia, o principal defensor da causa saarauí, e aterrou num aeroporto militar, onde foi transferido para o centro médico para continuar a sua recuperação da doença covid-19.
O líder da Frente Polisário regressou à Argélia depois de testemunhar perante o tribunal especial espanhol Audiência Nacional, acusado de alegados crimes contra a Humanidade, genocídio e tortura.
Ghali negou ter cometido esses crimes, associando as acusações contra ele a motivos "absolutamente políticos" para "tentar minar a credibilidade do povo saarauí e a sua luta para conseguir a autodeterminação ", afirmou o seu advogado, Manuel Ollé.
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