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Ministro da Saúde britânico nega mentiras em decisões durante pandemia 

O ministro da Saúde britânico, Matt Hancock, negou hoje ter "mentido" ao primeiro-ministro, Boris Johnson, sobre questões relacionadas com a gestão da pandemia covid-19, refutando as acusações feitas pelo ex-assessor do chefe do governo Dominic Cummings.

Ministro da Saúde britânico nega mentiras em decisões durante pandemia 
Notícias ao Minuto

12:32 - 10/06/21 por Lusa

Mundo Covid-19

Numa audição perante deputados das comissões parlamentares de Saúde e Ciência, Hancock disse que durante a gestão da crise sempre se comportou com "integridade e honestidade".

O ministro contestou veementemente as acusações feitas por Cummings numa audição anterior, nas quais o ex-conselheiro de Johnson o acusou de "mentir" repetidamente, tanto em público quanto em privado, em questões relacionadas à crise, afirmando que Hancock deveria ter sido despedido "pelo menos 20 vezes."

Como exemplo, Cummings referiu falhas no sistema de testes que fizeram com que pacientes com o vírus fossem transferidos de hospitais para lares de idosos, onde milhares de pessoas morreram com covid-19 nos primeiros meses da pandemia.

Questionado pelo deputado conservador, Greg Clark, se ele alguma vez disse algo ao primeiro-ministro sabendo que era incorreto, Hancock respondeu simplesmente com um retumbante "não".

O ministro admitiu ter tido indícios de que Cummings queria a sua "demissão", mas admitiu que "não tem ideia" do motivo.

O Governo, disse ainda, "trabalhou muito melhor nos últimos seis meses", desde que o polémico assessor de Johnson deixou Downing Street.

O Reino Unido registou quase 128.000 mortes desde o início da pandemia, o maior número de mortes na Europa.

Uma campanha de vacinação que começou em dezembro reduziu drasticamente as infeções e as mortes, embora o Reino Unido esteja agora a ver crescer o número de casos devido à variante Delta, considerada mais transmissível. 

O Governo britânico anunciou a abertura em 2022 de um inquérito público independente sobre como a gestão da crise, mas políticos de oposição e famílias que perderam entes queridos querem que comece mais cedo.

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