Biden considera cimeira da NATO "incrivelmente positiva"

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, considerou a cimeira da NATO, realizada hoje em Bruxelas, um dia "incrivelmente positivo", naquela que foi a sua primeira deslocação internacional desde que tomou posse.

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© Getty Images

Lusa
14/06/2021 22:31 ‧ 14/06/2021 por Lusa

Mundo

Joe Biden

 

Joe Biden destacou, durante a conferência de imprensa no final da cimeira da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO, na sigla em inglês), que ficou demonstrado ao povo e ao mundo que a democracia ainda pode prevalecer perante os desafios atuais e responder às necessidades das pessoas.

E acrescentou, citado pela agência EFE, que cabe às nações democráticas demonstrar ao mundo que a autocracias não podem suprir essas necessidades aos seus povos.

O governante norte-americano alertou, no entanto, que os membros da NATO devem erradicar a corrupção, o ódio e o "falso populismo" e investir no fortalecimento das instituições que salvaguardam os valores democráticos.

Biden, que retirou o apoio do seu país ao 'artigo 5', em relação à defesa coletiva da Aliança, destacou que todos na cimeira perceberam que "os EUA estão de volta".

Este artigo foi invocado apenas uma vez, após os ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, que motivaram a ofensiva norte-americana no Afeganistão.

Agora, os EUA encontram-se a retirar as suas tropas daquele país e esperam que o processo esteja concluído em 11 de setembro deste ano, por ocasião do aniversário dos atentados.

O presidente norte-americano denunciou também os "atos agressivos da Rússia" e insistiu na sua vontade, e da NATO, em "apoiar a integridade territorial e a soberania da Ucrânia", noticia a AFP.

A Rússia anexou a Crimeia em 2014 e apoia separatistas pró-russos no leste da Ucrânia.

"Faremos todo o possível para que a Ucrânia possa resistir à agressão", referiu Joe Biden.

No entanto, advertiu que a adesão daquele país à NATO, defendida pelo presidente ucraniano Volodymyr Zelensky, não depende dele, mas de uma decisão dos trinta membros da Aliança.

O presidente dos Estados Unidos prometeu também que vai indicar a Vladimir Putin quais são as suas "linhas vermelhas" quando se encontrar com o homólogo russo em Genebra na quarta-feira.

"Não estamos à procura de um conflito com a Rússia, mas responderemos se a Rússia continuar as suas atividades", salientou.

Joe Biden destacou que Vladimir Putin é "um homem inteligente e duro" mas frisou que o governante da Rússia deve entender que a morte do opositor político Alexeï Navalny seria "uma tragédia".

O norte-americano revelou ainda que todos os governantes com quem falou na cimeira agradeceram por iniciar diálogo com Putin.

"Creio que falei com dez ou doze (líderes) e disseram-me que estavam contentes com a iniciativa", explicou, citado pela agência EFE.

Leia Também: NATO: China, Rússia, cooperação com UE e Afeganistão entre as prioridades

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