No final de um julgamento no tribunal penal de Abidjan, iniciado em 19 de maio, o procurador Richard Adou justificou o pedido de prisão perpétua para o ex-primeiro-ministro e ex-líder rebelde, julgado à revelia tal como cinco dos seus apoiantes, com o facto de Soro "colocar em risco a segurança nacional".
Soro e 19 dos seus apoiantes são acusados de "conspiração", "tentativa de ataque à autoridade do Estado" bem como "divulgação e publicação de notícias falsas que desacreditam as instituições e o seu funcionamento, tendo resultado num atentado à moral das populações".
A acusação sustenta que Soro tentou fomentar uma "insurreição civil e militar" destinada a derrubar o poder quando regressou ao país africano, em dezembro de 2019, dez meses antes das eleições presidenciais que deram novo mandato a Alassane Ouattara.
A acusação pediu ainda 20 anos de prisão para Souleymane Kamagaté, ex-chefe de protocolo de Guillaume Soro, para Affoussy Bamba, seu advogado e ex-ministro, e para Toure Moussa, ex-diretor de comunicação do chefe de governo.
Dezassete meses de prisão por "perturbação da ordem pública" foram pedidos pela acusação para sete soldados, para o ex-ministro Alain Lobognon, e para Simon Soro, o irmão mais novo de Guillaume Soro.
Os réus negaram todas as acusações. Soro vive no exílio há dois anos.
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