Guiné Equatorial está "a fazer a sua parte" para abolir pena de morte
O ministro das Relações Exteriores de Angola, Téte António, afirmou hoje que acredita que a Guiné Equatorial está "a fazer a sua parte" para abolir a pena de morte, medida que subscreveu aquando da sua adesão à CPLP.
© Lusa
Mundo Téte António
"O país está consciente das exigências da organização, incluindo os valores da organização, portanto o nosso dever é continuar a ajudar que todos os Estados-membros cumpram com os valores que a organização defende, e eu acredito que a Guiné Equatorial está a fazer a sua parte para que venha a cumprir com este critério, que é um critério importante para a nossa organização", afirmou o Téte António numa conferência de imprensa na sede da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), em Lisboa.
Em declarações à comunicação social, após um encontro com o secretário-executivo da CPLP, Francisco Ribeiro Telles, realizado no quadro de preparação da XIII Conferência dos Chefes de Estado e de Governo da organização, o chefe da diplomacia angolana sublinhou que a abolição da pena de morte na Guiné Equatorial "é um trabalho que vai em progresso".
"Vamos ajudar os países que ainda não fizeram os passos positivos nesse sentido, a fazê-los", sublinhou.
A abolição da pena de morte era uma das medidas previstas no roteiro de adesão do país como membro efetivo da CPLP, em 2014, mas tal ainda não aconteceu.
Desde a sua independência de Espanha, em 1968, a Guiné Equatorial tem sido considerada pelos grupos de direitos humanos como um dos países mais repressivos do mundo, devido a alegações de detenção e tortura de dissidentes e de fraude eleitoral.
Obiang, que tem liderado o país desde 1979, é o Presidente em funções há mais tempo em todo o mundo.
A CPLP integra Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste.
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