ONU diz que naufrágio no Sri Lanka causou "dano significativo ao planeta"
O representante da ONU no Sri Lanka disse que o naufrágio de um porta-contentores que se incendiou ao transportar produtos químicos para fora da capital causou "um dano significativo ao planeta" ao libertar substâncias perigosas no ecossistema.
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Mundo ONU
O navio que operava sob a bandeira de Singapura afundou-se na quinta-feira, um mês depois de se ter incendiado, levantando preocupações sobre um possível desastre ambiental.
A ONU disse que estava a coordenar esforços internacionais e a ajudar o Sri Lanka na avaliação dos danos, esforços de recuperação e prevenção de tais desastres no futuro.
"Uma emergência ambiental desta natureza causa danos significativos ao planeta devido à libertação de substâncias perigosas no ecossistema", disse o Coordenador Residente da ONU no Sri Lanka, Hanaa Singer-Hamdy, numa declaração no final do sábado.
"Isto, por sua vez, ameaça a vida e a subsistência da população nas zonas costeiras", acrescentou.
Uma equipa da ONU de peritos em derrames de petróleo e produtos químicos - fornecidos pela União Europeia - foi enviada para o Sri Lanka.
O Sri Lanka já apresentou um pedido de indemnização de 40 milhões de dólares (33,7 milhões de euros) à X-Press Feeders para cobrir parte do custo do combate ao incêndio, que deflagrou a 20 de maio, quando o navio estava ancorado a cerca de 18 quilómetros a noroeste da capital, Colombo, e à espera de entrar no porto.
A marinha do Sri Lanka acredita que o incêndio foi causado pela sua carga química, que incluía 25 toneladas de ácido nítrico e outros produtos químicos, a maioria dos quais foram destruídos no incêndio. Mas os destroços, incluindo a fibra de vidro queimada e toneladas de 'pellets' plásticos, já poluíram as praias próximas.
No manifesto do navio analisado pela agência de notícias Associated Press consta que o navio transportava pouco menos de 1.500 contentores, sendo 81 dos quais descritos como mercadorias "perigosas".
Tanto as autoridades do Sri Lanka como o operador do navio têm dito até agora que não há sinais de derrame de petróleo.
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